Para oposição mensagem do executivo foi curta e mostrou intolerância do prefeito a críticas

Na abertura dos trabalhos do legislativo, na tarde da quinta-feira, 04, o prefeito de Picos, Pe. Walmir Lima (PT), fez a leitura da mensagem do executivo, como acontece todos os anos. Todos os parlamentares da oposição estiveram presentes: Rinaldinho (PSB), Fátima Sá (PSDB), Antônio Afonso (SD) e Diógenes Medeiros (PPS). Como eles não podiam se manifestar durante o pronunciamento, rebateram alguns pontos após o encerramento da sessão.

Para os vereadores da oposição a mensagem foi curta e revelou que o Pe. Walmir não aceita críticas ao seu trabalho. Eles frisaram que o seu papel é criticar e apontar falhas na gestão. Reconhecido como um dos maiores opositores da atual administração, Diógenes Medeiros declarou que a mensagem foi curta e não tem obrigação de bater palmas para a gestão municipal. “Ele trouxe o aparato da prefeitura para bater palmas para tudo aquele que ele diz”, comentou.

Diógenes relembrou as reinvindicações realizadas no começo do ano por moradores do bairro Junco, que após acordarem com as casas invadidas por água da chuva, acumulada nas ruas, fecharam a BR-316 e fizeram uma manifestação repercutida em todo o Piauí. “Um dos criadores das manifestações no Brasil foi o próprio partido do prefeito, o PT”, lembrou.

O vereador garantiu que continuará “batendo forte” nas falhas da administração, mas frisou não torcer para “o quanto pior, melhor”. Diógenes afirmou torcer pelos salários da administração e a previdência sejam pagas em dia.

O também oposicionista vereador Rinaldinho, declarou que espera uma mensagem “de otimismo” com relação aquilo que poderá feito. Para o vereador o Pe. Walmir tentou se eximir de parte da culpa dos problemas locais para a crise econômica pela qual passa o país. O vereador falou ainda sobre a demissão de quase 300 pessoas no final de 2015 e a contração de novos servidores nesse início de ano.

“Nós não criticamos apenas por criticar, criticamos por que somos porta-voz do povo picoense, nós é que temos de cobrar o executivo”, frisou.