A Igreja Católica deve ter um novo Papa até a Páscoa, no próximo dia 31 de março. Nesta segunda-feira (11) o porta-voz do Vaticano disse, após o Papa Bento XVI ter anunciado que vai renunciar em 28 de fevereiro. "Temos de ter um novo Papa na Páscoa", afirmou o padre Federico Lombardi em entrevista. Segundo o porta-voz, será realizado um conclave (reunião de cardeais para escolher o novo Papa) em 15 a 20 dias após a renúncia.
A renúncia de um papa está prevista no Código de Direito Canônico, no artigo 332.2, que estabelece que, para ter validade, é preciso que seja de livre e espontânea vontade e não precisa ser aceita por ninguém. Segundo o código, uma vez tendo renunciado, o papa não pode mais voltar atrás.
A Sé Vacante (tempo que transcorre entre o momento em que um papa morre ou renuncia até a escolha do sucessor) começará em 28 de fevereiro, às 20h de Roma (17h de Brasília), segundo anunciou o próprio pontífice em sua carta de renúncia.
Após a saída ou morte do papa, os assuntos da Igreja ficam sob a responsabilidade do Cardeal Decano, ou Camerlengo. É ele quem convoca o conclave, que significa “local para reuniões secretas” e reúne todos os 120 cardeais da Igreja Católica no Vaticano. Eles ficam isolados em celas particulares e se reúnem na Capela Sistina duas vezes por dia para votar, durante nove dias, ou pelo tempo necessário.
O voto é secreto. A votação é feita em papel. Para que um papa seja eleito, o candidato deverá ter a maioria dos votos, ou seja, metade mais um.
Depois de cada sessão, os papéis da votação são queimados. Se não houver uma definição, uma substância química é adicionada aos papéis para produzir uma fumaça escura, que sai pela chaminé do telhado do Palácio do Vaticano. Se houver uma definição, a fumaça é branca. O novo pontífice é anunciado para a multidão com a frase em latim “Habemus papam”.
Do G1, com informações da EFE e da Reuters