Delegado de Picos reforça cuidados e riscos na compra de celulares e veículos usados

Na manhã desta quarta-feira, 21 de fevereiro, o delegado da Polícia Civil do Piauí, em Picos, Petrônio Henrique, concedeu uma entrevista sobre os riscos e consequências da receptação de produtos ilícitos, enfocando principalmente no comércio de celulares e veículos usados.

Henrique destacou a importância de conscientizar a população sobre os perigos envolvidos na aquisição de bens provenientes de furtos e roubos, ressaltando que comprar produtos sem procedência pode resultar em penalidades sérias, como reclusão de 1 a 4 anos e multas substanciais.

O delegado alertou para o fenômeno frequente de pessoas adquirindo celulares a preços muito abaixo do mercado, especialmente em feiras e banquinhas conhecidas popularmente como "feiras do roubo". Ele enfatizou que, ao optar por preços consideravelmente reduzidos, os compradores estão se expondo a possíveis acusações de receptação, mesmo alegando desconhecimento da origem ilícita.

Para evitar problemas, o delegado alerta a necessidade de solicitar informações sobre o histórico do produto, como nota fiscal, carregador original e caixa, ao adquirir um celular de segunda mão. Ele destacou que, ao verificar esses detalhes, o comprador demonstra boa-fé e reduz o risco de envolvimento em atividades ilegais.

Além dos celulares, Petrônio Henrique abordou a compra de veículos, ressaltando que é crucial verificar a procedência antes da aquisição. Ele lembrou que a compra de veículos exige uma série de processos e verificações legais, e ignorar esses passos pode levar a sérias consequências legais. “Não se compra um veículo de qualquer jeito, pois, mais cedo ou mais tarde, você será descoberto e você um problema sério pra resolver”, alertou.

Ao encerrar a entrevista, o delegado reforçou a necessidade de pesquisar, independentemente do preço, para evitar a receptação de produtos ilícitos. Ele alertou que o preço abaixo do mercado pode ser um indício, mas mesmo estabelecimentos aparentemente legítimos podem vender produtos de origem duvidosa.

Em conclusão, Petrônio Henrique ressaltou que o desconhecimento não é uma desculpa aceitável perante a lei, instando os consumidores a agirem com responsabilidade ao adquirir bens usados. “O pior é você pagar o preço alto e ainda correr o risco de responder por receptação. Pesquise direitinho para não acabar comprando um produto com restrição de roubo, porque caso isso aconteça você vai perder o aparelho, já que ele vai ser devolvido pro verdadeiro dono, você vai ficar no prejuízo e ainda responder a um processo. Então, todo cuidado é pouco", finalizou o delegado.