Sábado, 12 de Outubro de 2024

Janela Partidária: 1/3 dos vereadores de Picos deverão mudar de partido

Publicado em 29/08/2015
Por Jailson Dias
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Câmara Municipal passará por nova composição/Jailson Dias

No dia 18 de fevereiro foi promulgada pelo Congresso Nacional a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 182/2007, que abre espaço para vereadores e deputados trocarem de partido sem perder o mandato. A chamada “janela partidária” se estenderá por 30 dias, prazo suficiente para que detentores de cargos públicos decidam a sua vida pública.

Na Câmara Municipal de Picos pelo menos quatro parlamentares asseguraram que migrarão de partido até o dia 18 de março. São eles: Raimundo Nunes Ibiapino, o Renato, que deixa o PSB pelo PRP; José Rinaldo Cabral Filho, o Rinaldinho, que deixa o PSB pelo PP; Zé Luís, que sairá do PSB e voltará para o seu grupo de origem, hoje no PTB e Valdívia Santos, que sai do PSB e analisa o seu futuro político.

No entanto, há parlamentares hoje presentes na Câmara Municipal que estão indecisos quanto a sua vida partidária, dente eles: Simão Carvalho (PMDB) e Evandro Reis (PTB). Embora se declare PMDB, Simão Carvalho dá mostras de indecisão. Quanto a Evandro Reis, este disse que saberá apenas pelos próximos 30 dias.

Quanto aos três vereadores licenciados que ocupam secretarias na Prefeitura de Picos, pelo menos dois retornarão para o legislativo e se manterão nas suas legendas: Iata Ânderson (PSB) e José Arimatéia, o Maté (PSL). O vereador licenciado Filomeno Portela, secretário de Administração, afirmou que tem realizado conversações com lideranças do seu partido, o PMDB, e aguarda o “andar da carruagem” para saber que decisão tomar.

Os demais parlamentares da Câmara Municipal asseguraram que não trocarão as suas agremiações políticas por outras. São eles: Hugo Victor (PMDB), Toinho de Chicá (PMDB), Diógenes Medeiros (PPS), Fátima Sá (PPS), Wellington Dantas (PT) e Edilson Alves de Carvalho (PTB), este último está na suplência. O suplente de vereador Severino Luz (PTB) garantiu que não muda de partido.

O posicionamento da suplente de vereador Francisca Celestina de Sousa, a Dalva Mocó (PSB), é desconhecido, uma vez que ela está em Teresina acompanhando o marido, o ex-vereador Didi Mocó, que está doente. Mas até o ano passado ela também considerava a possibilidade de mudar de legenda.

Quanto àqueles que trocarão de partido, as motivações são distintas. Rinaldinho há tempos não se entendia com a cúpula do PSB; Zé Luís, do mesmo partido, reclamou da ausência de diálogo com a direção regional da legenda e da tomada de decisões por parte da cúpula sem consulta às bases. Valdívia foi prática e argumentou que a reeleição pelo PSB seria difícil, resumindo tudo na questão da sobrevivência política.

Pelos números o partido que mais perderá será a legenda do ex-governador Wilson Martins (PSB).

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