Após reunir-se com o governador Wellington Dias, na manhã da quarta-feira, 30, em Teresina, o prefeito de Picos, Pe. Walmir Lima (PT) passa a defender a terceirização da direção do Hospital Regional Justino Luz (HRJL). Em entrevista ao Folha Atual ele disse ter sido informado que o hospital recebe R$ 3 milhões de investimento, mas sua produção não chega a 30% do esperado.
Além desse recurso a Prefeitura de Picos faz o repasse mensal de R$ 400 mil para o hospital.
Segundo o Pe. Walmir Wellington, Dias e o Secretário de Saúde do Piauí, Francisco Costa, expuseram os últimos problemas enfrentados pelo Hospital Regional, que quase foi interditado pelo Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM). “Para se chegar essa definição de uma OS administrar o hospital, passou por uma seleção”, comentou o prefeito.
Também foi informado que a OS vencedora do processo licitatório, Instituto de Gestao Humana de Goiás (IGH) dará uma garantia de que aumentará o seu rendimento de 10% até chegar aos 90% ao mês. “Nós compreendemos que tem de ser feito alguma coisa, e se tem uma possibilidade de melhoria, porque não vamos aceitar?”, frisou.
Para o prefeito as pessoas que mais reclamam da terceirização são pessoas que desconhecem a proposta do Governo e aquelas que não fazem uso dos serviços do Hospital Regional. “Pessoas que muitas vezes nem conhecem a real situação. Pessoas que vem de longe opinar e manifestar, agora pergunta às pessoas que não tem um plano de saúde se não querem um proposta que trás uma melhoria?”, comentou.
O Pe. Walmir Lima disse ter feito a Wellington Dias críticas sobre como o processo foi conduzido, uma vez que a população foi pega de surpresa sobre essa possibilidade de terceirização do hospital, origem de todos os problemas.
A assinatura do contrato entre o Governo do Estado e a IGH que deveria ter acontecido no dia 30 de setembro foi suspenso, mas segundo o prefeito deve acontecer no próximo dia 05 de outubro, não havendo a possibilidade de cancelamento, como desejaram alguns deputados estaduais.
Alguns pontos foram assegurados a população, como a garantia de que os serviços do hospital continuam públicos, além da manutenção dos empregos dos servidores concursados. Mas ainda assim, setores da sociedade picoense tem se mostrado contrários a medida, chamada equivocadamente por alguns de “privatização”.