O governador Wellington Dias garantiu que só irá encaminhar projeto de reajuste do próprio salário para a aprovação da Assembleia Legislativa do Piauí após regularizar as finanças do Estado.
Ele considera normal que seja feito o reajuste, como aconteceu em várias áreas. “Por uma questão de responsabilidade eu mantive o salário no patamar existente até que o Estado regularize sua situação financeira, mas tenho o compromisso com os auditores fiscais de fazer um plano de reajustamento”, disse Wellington Dias.
O governador destaca que congelar o próprio salário significa congelar o de muitos servidores, já que o teto não pode ser ultrapassado. “Não é só pensando no meu salário, mas também no do conjunto dos servidores. Tão logo regularize as finanças, faremos um cronograma de reajuste”, afirmou Dias.
O salário do governador atualmente é de R$ 17 mil e deve ser reajustado para R$ 26 mil.
Cargos no governo
Desde o dia 2 de janeiro, o Diário Oficial do Estado informa uma série de nomeações de novos secretários e servidores. Por isso, o Tribunal de Contas do Estado já alertou que está atento para evitar que interesses políticos se sobressaiam nas nomeações, dificultando para que o Estado volte a se adequar à Lei de Responsabilidade Fiscal.
O governador rebateu as afirmações e disse que o Estado possui entre 800 e 900 servidores contratados, enquanto o ideal seriam 3.500 cargos de livre nomeação. “Devido à necessidade, estamos trabalhando com o número reduzido de servidores. A meta é que fiquemos com até 55% dos cargos em comissão, enquanto estivermos fazendo a regularização das receitas”, disse o governador.
A crise financeira no Estado foi usada como justificativa para retirar as gratificações dos servidores, a exemplo das horas extras e do adicional noturno dos policiais. Muitos credores também não recebem os repasses há alguns meses.
Fonte: portalodia.com