Sábado, 17 de Maio de 2025

Líder classista diz que a economia picoense passa por momento difícil, mas se mantem estável

Publicado em 24/07/2014
Por Jailson Dias
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Empresário fala sobre as dificuldades de industrializar a região de Picos/Jailson Dias

Para o presidente da CDL, empresário Cláudio Galeno, a economia picoense passa por um momento difícil, como reflexo da economia estadual e nacional, cujas projeções para crescimento em 2014 não se confirmaram. Apesar disso, a cidade cresce, usando como exemplo a ressente visita do presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Nelson Antônio de Souza, que anunciou a construção de mais uma agência, dessa vez no bairro Junco.

Com isso, além das duas agências da Caixa Econômica Federal (CEF), Banco do Brasil (BB), o BNB também poderá ampliar o seu atendimento. “A única cidade do interior com mais de uma agência desses bancos é Picos, então somos uma cidade privilegiada, pois nenhum banco desses abriria uma agência para ter prejuízo”, frisou.

Quanto à necessária industrialização, Claudio Galeno informou que o empresariado local não tem tendência para ser industrial, acostumando-se como comerciante, uma espécie de zona de conforto. A possibilidade de atrair industriais de outras regiões esbarra na falta de estrutura da cidade, como ausência de um grande aeroporto, de uma estrada de ferro, além, é claro, de um porto. Fala-se no “porto seco”, que até o momento não saiu do papel.

O ponto positivo seriam as rodovias federais, que interligam a cidade com todo o Brasil, e, em bom estado de conservação. Os problemas com o fornecimento de energia elétrica, históricos, poderão ser solucionados com a construção em andamento dos parques eólicos de Chapada dos Ventos I e II, além do parque de geração de energia fotovoltaica, energia solar, que será construído em Picos.

“Mas a Eletrobrás precisa comprar e destinar para o Piauí, inclusive vi um dia desse um projeto de um deputado estadual que pedia que somente o excesso dessa energia fosse vendida para outro estado, acho isso muito justo e muito bom, maneira mais fácil de resolvermos o nosso problema”, explicou.

Hoje a cidade dispõe de um distrito industrial, com 12 indústrias, localizado no bairro Pantanal, mas que infelizmente não corresponde ao potencial da região, focando-se em áreas como beneficiamento do mel, plásticos, cimento e pré-moldados, dentre outros, todas de pequeno porte. Há ainda uma construtora que beneficia asfalto para aplicação nas obras da região.

Apesar dessa necessidade de se industrializar, Claudio Galeno declara que não há possibilidade de a região ser atingida por uma crise de grandes proporções devido a solidez de seu comércio.

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