Mulher acusa amante de estupro para acobertar caso extraconjugal e farsa é descoberta

A Polícia Civil de Picos, através do delegado regional Carlos Eduardo Aquino Araújo, emitiu nota esclarecendo sobre um falso crime de estupro. De acordo com o delegado, que falou ao Folha Atual, no último dia 04 uma mulher – que terá seu nome preservado – chegou à sede da Central de Flagrantes por volta das 14h, acompanhada do marido e de familiares, denunciando que havia sido vítima de um estupro.

Minutos após a chegada da suposta vítima, a Polícia Militar apresenta também o suposto acusado do crime – que também terá o nome preservado. Como consta na nota de esclarecimento nas declarações dadas ao nosso portal, o delegado plantonista Divanilson Sena de Oliveira era o plantonista daquele dia e tomou todas as providências cabíveis ao caso: oitiva dos policiais militares; apreensão dos materiais apresentados; realização de exames de corpo delito na suposta vítima pelo médico legista; oitiva da vítima e oitiva do suposto acusado.

Com base nos elementos de informação colhidos, o delegado deliberou, em despacho fundamentado, pela não lavratura do auto de prisão em flagrante e optou por uma investigação mais aprofundada do caso pela Delegacia da Mulher, fato que indignou alguns familiares da vítima. “Esses familiares causaram um grande transtorno na nossa delegacia e isso nós não vamos admitir. Foram registrados excessos, discussão e os excessos ocasionados pelos seus familiares também serão punidos”, disse.

No dia seguinte ao ocorrido, o inquérito policial foi instaurado, segundo Carlos Eduardo, pela delegada da mulher, Tânia Gonçalves Miranda. Ao prestar esclarecimentos à delegada, a suposta vítima confessou ter simulado o estupro para acobertar um caso extraconjugal que mantinha com o suposto acusado.

Diante desse fato e dos demais elementos de informação colhidos, foi instaurado outro inquérito, desta vez contra a jovem que simulou o estupro, procedimento que culminou no seu indiciamento pelo crime de denunciação caluniosa, cuja pena pode chegar a 8 anos de reclusão.

“Queremos que isto sirva de exemplo para as demais pessoas que, por ventura, pensarem em praticar tal ato. Quero deixar bem claro que nós não vamos admitir excessos na nossa delegacia”, finalizou.

NOTA