Sexta-Feira, 10 de Outubro de 2025

Piauiense precisa trabalhar mais de quatro meses para tirar a primeira habilitação

Publicado em 10/10/2025
Por Renata Arrais
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O custo médio de uma habitação A e B é de R$ 1.788,50 no Piauí/Foto: Assis Fernandes / O DIA

O cidadão piauiense precisa trabalhar, em média, 4,42 meses para conseguir pagar o valor da primeira Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O dado faz parte de um levantamento da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), que aponta o Piauí como o 15º estado do país onde mais se demora para tirar o documento.

O cálculo foi feito com base em um critério da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que considera saudável comprometer até 30% da renda mensal com despesas específicas. No estado, onde a renda média per capita é de R$ 1.350, o trabalhador precisaria economizar cerca de R$ 405 por mês para juntar o valor total da CNH nas categorias A e B, estimado em R$ 1.788,50.

A realidade piauiense reflete a desigualdade regional que afeta o acesso à habilitação. Estados do Norte e Nordeste, como Piauí, Maranhão e Amazonas, registram os menores índices de motoristas habilitados, entre 1 mil e 2 mil a cada 10 mil habitantes , consequência da baixa renda e do alto custo do processo.

Para tentar mudar esse cenário, o governo federal anunciou uma proposta que acaba com a obrigatoriedade de frequentar autoescolas para realizar os exames teórico e prático. A medida, em consulta pública aberta pelo Ministério dos Transportes, pretende modernizar e baratear o processo de obtenção da CNH.

A proposta ficará disponível por 30 dias na plataforma Participa + Brasil, onde a população poderá enviar sugestões e contribuições. Após esse período, o texto seguirá para análise do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

Segundo o governo, o objetivo é tornar a habilitação mais acessível, especialmente para as categorias A (motocicletas) e B (carros de passeio), as mais procuradas por trabalhadores e motoristas autônomos, que enfrentam dificuldades para custear o processo no Piauí e em outras regiões do país.

Fonte: Portal O Dia

 

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