Quinta-Feira, 13 de Novembro de 2025

Gastos com compras na Saúde do Piauí reduziram 70% com instalação do CREDSUS

Publicado em 13/11/2025
Por Renata Arrais
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Gastos com compras na Saúde do Piauí reduziram 70%/Foto: Marcello Casal/Arquivo/Agência Brasil

O Estado do Piauí conseguiu alcançar uma redução de 70% nas compras de medicamentos e materiais hospitalares desde a implementação do sistema CREDSUS. A plataforma é um sistema de compras por credenciamento destinado aos fornecedores de bens e serviços comuns. Por meio do CREDSUS, são compiladas as demandas hospitalares do Estado e, a partir delas, a Sesapi (Secretaria de Estado da Saúde) conduz as cotações para as compras públicas.

Em entrevista ao jornal O Dia News nesta quarta-feira (12), o secretário de Saúde do Piauí, Antônio Luiz, detalhou os gastos que o governo tinha com a compra de insumos hospitalares antes e depois da criação do CREDSUS.

 “O Piauí gastava por ano em torno de R$ 500 milhões a R$ 600 milhões com medicamentos e material hospitalar. Mas nestas compras, nem tudo era emergencial e quando começamos a comprar de forma regular o que era de aquisição regular, economizamos aí uns 70%. Por exemplo, a compra era de R$ 300 milhões. Com essa redução de 70%, economizamos R$ 210 milhões. Ou seja, gastei R$ 90 milhões numa compra na qual, sozinha, eu gastava R$ 300 milhões. Para se ter uma ideia, esse valor de R$ 300 milhões é o que gastamos hoje por ano com a compras públicas na saúde”, diz Antônio Luiz.

Secretário de Saúde do Piauí, Antônio Luiz (Foto: O Dia)

Segundo o secretário, a economia foi alcançada por meio da centralização das compras na Sesapi, um momento que, ao padronizar e aumentar o volume das aquisições, permitiu aos hospitais estaduais adquirir produtos a preços mais baixos e de maior qualidade. O processo também possibilitou maios participação de empresas nas licitações, resultando em concorrência e melhores preços.

Antônio Luiz explicou como o processo de organização das compras públicas facilitou a economia. “Antes comprávamos muita coisa de maneira emergencial, o que muitas vezes fazia com que pagássemos mais caro pela falta de organização. Hoje, conseguimos economizar e redirecionar esses recursos para ampliar o atendimento à população. Então a solução não foi colocar mais dinheiro na Saúde, mas reorganizar a forma como esse dinheiro era gasto”, disse.

Hoje, 15% da receita líquida do Estado é destinada à Saúde, acima dos 12% que são estabelecidos por lei federal. Cada 1% equivale a quase R$ 100 milhões por ano. A ideia, de acordo com Antônio Luiz, é gastar menos proporcionalmente, economizando onde for possível. Isso permitiu contar com uma pequena sobra para fazer mais serviços.

“Adquirimos R$ 15 milhões em material cirúrgico, modernizamos equipamentos e realizamos investimentos estratégicos em 23 hospitais espalhados pelo Piauí. O número de cirurgias realizadas aumentou consideravelmente, e o tempo de espera para procedimentos eletivos, que era de 464 dias em 2023, caiu para 50 dias, com previsão de redução para 30 dias”, afirma o secretário.

Hoje o Piauí possui 37 hospitais na rede pública estadual, cinco Unidades de Pronto Atendimento e dez centros de diagnóstico. Ainda restam seis centrais para serem entregues e há um plano para construir mais 12 a partir de 2026 em todas as macrorregiões de saúde do Estado.

Fonte: Portal O Dia

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