Temas envolvendo pedofilia na internet tem ganhado força depois que o influenciador digital Felca fez, na semana passada, uma denúncia após observar o crescimento desse tipo de conteúdo nas redes sociais — um assunto, segundo ele, “pouco falado por quem tem alcance”. Após a publicação de vídeo, o assunto também entrou em discussão entre parlamentares.
O influenciador Felca, que já se posicionou contra apostas online, mais recentemente, gravou um vídeo denunciando perfis que exploram a imagem de crianças na internet. No mesmo dia em que publicou o vídeo, que já soma mais de 30 milhões de visualizações no canal dele no YouTube, ele revelou que anda com carro blindado e seguranças para se proteger de possíveis ameaças.
“Eu realmente mergulhei no lamaçal. Foi muito aversivo fazer esse vídeo”, comentou sobre a postagem que fez na última quinta-feira, 7. Em 50 minutos, o youtuber fez um compilado de denúncias sobre influenciadores que abusam da imagem de crianças. Além disso, mostrou na prática como o algoritmo funciona para entregar esse tipo de conteúdo para pedófilos, e entrevistou uma psicóloga especializada para falar sobre o perigo da exposição nas redes sociais para as crianças e adolescentes.
Somente até o fim da noite desta segunda-feira, 13 projetos tinham sido protocolados na Câmara sobre adultização e penalização da pornografia, sob os números 3836, 3837, 3840, 3848, 3851, 3852, 3856, 3859, 3875, 3877, 3878, 3885, 3889. O de número 3852 sugere abertamente a criação de uma Lei Felca.
Depois de o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), dizer que a Casa vai pautar propostas contra a adultização de crianças e adolescentes, uma proposta em especial ganhou força para ir a votação em plenário. A proposição estabelece mecanismos para o combate de conteúdos de exploração sexual de crianças e adolescentes em ambiente digital também cria regulações para o uso de redes sociais e jogos online para crianças e adolescentes.
Esse projeto é de autoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE) e já foi aprovado no Senado em dezembro. A proposta é bem vista por organizações da sociedade civil, como o Instituto Alana. Tanto autor e relator da proposta, deputado Jadyel Alencar (Republicanos-PI), correm para assegurar que o projeto seja votado. Motta decidiu entrar na discussão após um vídeo do youtuber Felca alcançar mais de 30 milhões de visualizações em poucos dias.
Fonte: R7