Quarta-Feira, 09 de Outubro de 2024

Brasil é apontado como o 11º país com maior índice de escravidão

Publicado em 25/05/2023
Por Redação
FA-IMG-c86bb82ceb92cc0c2275.png
FA-IMG-c86bb82ceb92cc0c2275.png
Brasil possui cerca de 1 milhão de pessoas em trabalho análogo à escravidão/Reprodução/TV Bahia/Carta Capital

Um levantamento divulgado pela Global Slavery Index 2023 nesta quarta-feira (24), aponta que o Brasil possui mais de 1 milhão de pessoas que vivem em situação de " escravidão contemporânea". A pesquisa é feita pela organização Walk Free , que trabalha com direitos humanos e produz dados acerca da escravidão no mundo.

Os dados utilizados na pesquisa são de 2021, e mostram que cerca de 49,6 milhões de pessoas se encontram em situação de escravidão no mundo, sendo cerca de 1,05 milhão apenas no Brasil. A organização ainda aponta que entre 2018 e 2021, o número de escravos contemporâneos aumentou, com mais de 10 milhões de indivíduos sendo considerados.

Segundo a organização, o Brasil se encontra na 11ª posição com o maior número de pessoas em estado de escravidão contemporânea, no ranking que possui cerca de 160 países. A lista é liderada pela Índia (com 11 milhões), China (5,8 milhões) e Coreia do Norte (2,3 milhões). O top 10 fecha com os Estados Unidos, com cerca de 1,1 milhão de pessoas em tais condições.

A pesquisa fez um cálculo, levando em conta o número total de habitantes em cada país, para ver o percentual de ocorrência de escravidão contemporânea em cada caso. Com isso, a Coreia do Norte acaba liderando o ranking, com 104 pessoas escravizadas a cada mil habitantes, seguidas da Eritreia (90 pessoas) e da Mauritânia (32 pessoas).

Nesta perspectiva, o Brasil apresenta cerca de 5 pessoas escravizadas por mil habitantes, sendo classificado como "média/baixa" a ocorrência.

A  Walk Free promoveu o levantamento pela quinta vez, sendo baseada em fatores individuais e sociais sobre a  escravidão em cada país. São feitas entrevistas e coleta de dados quantitativos. Neste levantamento, pode-se verificar que 87 dos países analisados consideram o trabalho forçado como crime, e 137 tratam como crime de tráfico humano.

Eles ainda identificaram que "quase todos os governos do mundo se comprometeram a erradicar a escravidão moderna por meio de suas legislações e políticas nacionais", mas que o processo segue "estagnado" desde 2018.

Fonte: Portal IG Mail

Comentários