Sexta-Feira, 11 de Outubro de 2024

ENQUETE: 55% dos internautas picoenses desaprovam a lei de cotas raciais

Publicado em 26/01/2023
Por Redação
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As cotas raciais preveem, entre outras coisas, a reserva de vagas para estudantes negros, pardos e indígenas/Reprodução

Por: Danilo Eliéser

Com o retorno do Governo Lula, a lei de cotas raciais nas instituições de ensino públicas e privadas voltou a ser pauta amplamente discutida pela população em geral. Recentemente, a atual ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã da vereadora Marielle Franco, disse em entrevista que vem estudando a possibilidade de aumentar o número de vagas para cotistas em cursos de pós-graduação, o que gerou opiniões controvérsias sobre o assunto.

Para compreender o que a população picoense pensa sobre a temática, a equipe do Folha Atual promoveu uma enquete nesta terça-feira, 24 de janeiro, através do instagram, onde questionou se os internautas são contra ou a favor das cotas raciais. A enquete apresentou percentual aproximado, comprovando que a população encontra-se bem dividida sobre o assunto.

Na opinião dos internautas, 45% são a favor a lei de cotas, enquanto 55% desaprovam a lei.

A enquete também gerou comentários de seguidores que justificaram seus pensamentos sobre a temática. "Não tem necessidade, cotas só aumentam o racismo. Negros tem a mesma capacidade intelectual que os brancos", apontou uma seguidora. "Sou a favor, cotas são importantes para mudar a realidade que vivemos", destacou outra.

Sancionada em 2012 pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), a Lei 12.711 estabelece reserva de vagas nas universidades e institutos federais de ensino superior, atreladas ao Ministério da Educação. Através da lei, as instituições federais estão obrigadas a levar em consideração a proporção de indígenas, negros e pardos do Estado onde está situado o campus da universidade, centro ou instituto federal, para definir a quantidade de vagas que serão ofertadas aos cotistas raciais.

De acordo com os dados da pesquisa “Avaliação das políticas de ação afirmativa no ensino superior no Brasil: resultados e desafios futuros”, desenvolvida de março de 2021 a junho de 2022, o percentual de negros e indígenas cursando o ensino superior subiu para 87% e 40%, respectivamente, após a aprovação da lei.

“O que não pode é a gente fomentar um cancelamento à Lei de Cotas. Seja ela social ou não, porque a maioria da população pobre é preta, a lei de cota racial tem que permanecer. Isso a gente vai defender até o final”, afirmou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, em recente entrevista.

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