A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) divulgou nesta quinta-feira (18) o Plano de Contingência Estadual para a varíola dos macacos, transmitida pelo vírus monkeypox. O estado registrou dois casos positivos da doença, 29 sob investigação e 44 notificados.
O plano contém 30 páginas e reúne informações estratégicas para contenção e controle da doença. O material contém orientações assistenciais, epidemiológicas e laboratoriais para a gestão dos casos da varíola dos macacos, além de orientar as ações a serem definidas pelo estado e municípios piauienses.
Segundo Amélia Costa, coordenadora de epidemiologia da Sesapi, dos 44 casos notificados, 20 dos 224 municípios do Piauí têm casos notificados da doença. Parnaíba e Teresina foram as cidades que mais registraram notificações.
O plano também apresenta as definições de caso suspeito, provável, confirmado e descartado da varíola dos macacos, além do modo de transmissão e os grupos vulneráveis com orientações a respeito do isolamento de casos suspeitos, identificação de sintomas, realização de campanhas de conscientização e testagem.
Já sobre a vacina contra a doença, o Plano de Contingência orienta a investir e acompanhar os recursos financiados pelo Ministério da Saúde para a aquisição da vacina monkeypox; além de elaborar e divulgar estratégia nacional de vacinação contra o vírus; elaborar e divulgar documentos técnicos sobre a vacina; acompanhar e monitorar a logística e a distribuição para as vacinas monkeypox, quando houver.
Sintomas
A doença é transmissível de paciente para paciente, principalmente na fase em que as feridas características da varíola murcham. As erupções — que podem ter aparência levemente diferente em tons de pele distintos — podem contaminar as roupas e os lençóis.
É preciso contato próximo e prolongado (muitas vezes com a pele) de uma pessoa infectada. No momento, existem muito poucas pessoas no mundo com a doença, o que significa que as oportunidades de contágio não são muitas.
Se você tiver contraído a varíola dos macacos, a primeira coisa que irá notar são sintomas similares à gripe — cansaço, mal-estar geral e febre. É o que os médicos chamam de “período de invasão” da doença, quando o vírus entra nas suas células.
As erupções mudam e passam por diferentes estágios, podendo parecer catapora ou sífilis, até finalmente formarem uma casca, que cai posteriormente.
Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.
As lesões passam por cinco estágios antes de cair, segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. A doença geralmente dura de 2 a 4 semanas.
Veja os sintomas iniciais mais comuns:
Como se proteger
O uso de máscaras, o distanciamento e a higienização das mãos são formas de evitar o contágio pela varíola dos macacos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou a adoção dessas medidas, frisando que elas também servem para proteger contra a Covid-19.
Fonte: G1 PI