O município de Picos vem sofrendo com redução anual nas adoções de animais domésticos. O caso tem tido crescimento, após o início da pandemia da Covid-19, que também ocasionou o aumento de animais abandonados na cidade.
De acordo com Betanha Coutinho, voluntária que faz parte da diretoria da Ong Amigos Protetores dos Animais de Picos (Apapi), a redução de adoções tem acontecido de forma gradativa à nível nacional.
"Durante a pandemia aconteceu um número absurdo de abandonos de animais. Os tutores passaram a abandonar os seus animais, e consequentemente, diminuiu o número de adoções, porque devido as dificuldades do isolamento social, nós deixamos de fazer as feiras de adoções presenciais e passamos a fazer uma divulgação nas redes sociais. Aos poucos fomos conseguindo, mas não tanto como era presencialmente", destacou.
Betanha Coutinho
Segundo a voluntária, a estimativa é de que a região de Picos tenha em média 5.000 animais em situações de rua, enquanto o número de adoções alcança menos de 50 filhotes por mês.
"Nós temos um controle das estatísticas por meio do termo de adoção responsável, que é um documento com os dados pessoais e assinatura do adotante, para que se futuramente esse animal for abandonado, a gente já terá os dados e endereço do tutor para que possamos averiguar a situação e registrar o B.O, caso seja realmente caracterizado como abandono", completou.
Atualmente, Picos conta com o projeto de castração social, idealizado pela Apapi e viabilizado pela Prefeitura Municipal, para reduzir o nascimento de cães que poderiam sofrer abandonos futuros. O projeto que foi implantado em 2021, já realizou a castração de 300 cadelas de forma pública e gratuita.
Por: Danilo Eliéser