Nova Bandeira Tarifária de energia elétrica tem deixado picoenses preocupados com a conta de luz

Por Erika Ravena / Estagiária da UESPI

O Brasil tem passado por uma séria crise hídrica. Os índices de chuva são preocupantes, o que tem provocado maiores dificuldades na produção de energia elétrica. A produção da energia elétrica nacional é realizada em maior parte por Usinas Hidrelétricas e esse tipo de processo depende significativamente das águas.

Com a diminuição do volume das chuvas e reservatórios de hidrelétricas em alerta, aumentou-se os investimentos na produção em termelétricas, que demandam maiores gastos.

Nesse contexto, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANNEL) decidiu criar uma nova Bandeira Tarifária, chamada Bandeira “escassez hídrica”. A nova Bandeira tarifária entrou em vigor dia 1º deste mês, setembro, e a taxa custa R$ 14,20 a cada 100 KWh (quillowatt-hora), gerando encarecimento na conta de luz.

Todos esses fatores afetam a vida do consumidor, tanto no âmbito pessoal quanto no âmbito profissional.

Nossa reportagem ouviu de alguns moradores de Picos sobre a cobrança. Sem querer aparecer, os picoenses entrevistados foram unanimes em afirmar a preocupação com a taxa.

“Para quem tem comércio, assim como eu, não está tendo muita venda e o aumento da energia está gerando mais despesas. Quer dizer, em vez de diminuir despesas, está é aumentando. Então, assim fica muito difícil para o comerciante trabalhar nesse momento, principalmente agora, de pandemia”, contou a comerciante picoense Irameide Pereira.

Comerciante Irameide

"No meu caso eu fechava o comércio às 8 horas (da noite) e agora estou fechando às 7 horas (da noite), porque 1 hora de economia de energia já faz uma diferença na despesa. Tanto no meu comércio, como em casa, se a gente puder economizar nesse momento que estamos vivendo, é a coisa mais certa a fazer”, finalizou a comerciante.