Justiça por Artur! Esse é o sentimento que motivou familiares e amigos que participaram da manifestação realizada na manhã desta quinta-feira (29 de julho) em virtude do homicídio que vitimou o jovem picoense, Artur Batista da Silva, de 27 anos, assassinado à golpes de faca no último domingo (25) no bairro Papelão. O ato pacífico percorreu ruas da cidade e teve seu desfecho em frente ao prédio da Delegacia de Polícia Civil.
Munidos de faixa e cartazes, o público da manifestação portava balões nas cores branco e preto simbolizando o luto, a indignicação que tem revoltado familiares e moradores do bairro Passagem das Pedras com a soltura dos suspeitos de envolvimento no crime. A liberação dos indivíduos foi um entendimento do delegado plantonista, que atua no município de Pio IX e no momento do crime estava de serviço na Central de Flagrantes. A autoridade policial entendeu que não havia provas contudentes da autoria do crime e liberou a dupla suspeita.
Diante desta decisão, a manifestação se concretiza como um ato legítimo de grito por justiça, onde espera-se que os suspeitos sejam responsabilizados. Em meio ao ato, o delegado regional Rodrigo Morais recebeu os manifestantes e destacou que o trabalho de investigação da Polícia está sendo feito.
Acompanhe o vídeo da manifestação em frente a Delegacia de Polícia Civil
O delegado titular da Delegacia de Homicídios, Tráfico de Drogas e Latrocínio, Agenor Ferreira Lima Júnior, explicou que o inquérito policial que investiga a morte será concluído nos próximos dias.
"A gente entende e compreende toda essa insatisfação dos familiares da vítima com relação ao fato dos responsáveis não se encontrarem presos nesse momento. No entanto, a própria família, amigos, tem conhecimento que a Polícia Civil de Picos tem feito diligências diurtunamente para que esse inquérito seja concluído o mais breve possível, de forma satisfatória. Temos realizado muitas diligências, algumas testemunhas já prestaram depoimento e estamos satisfeitos com o andamento. Sabemos que o fato se deu de uma desavença generalizada em um bar e que o suspeito portava uma faca", disse Agenor Ferreira Lima Júnior.
Delegado Agenor Ferreira Lima Júnior
SENTIMENTO DE REVOLTA
O irmão de Artur, Augusto Pereira Batista, emocionado falou à imprensa sobre a revolta que tem indignado à família.
"Isso é muito revoltante, eu nunca pensei em perder um irmão de forma tão brutal. Um homem que não mexia com ninguém, trabalhador, respeitoso, saía direto com a mãe. A Polícia disse que não tem provas e o cara todo melado de sangue, ainda queria mãe dele [Artur] tem nem o que falar", frisou.
Quem também não esconde sua revolta é o primo de Artur, Geneiton Batista, que desabafa sobre o descaso que o crime foi tratado.
A moradora do bairro Malvinas, Maria José, relatou que presenciou toda a cena do crime e viu Artur ser assassinado nos braços de sua mãe.
A tia de Artur, Wilma Batista, ainda esteve presente na Central de Flagrantes para registro do Boletim de Ocorrência, que segundo ela não há registros do procedimento policial.