Terça-Feira, 15 de Outubro de 2024

Pandemia e a dura realidade enfrentada pelos colaboradores do setor de eventos

Publicado em 03/07/2021
Por Redação
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Cerimonialista Sheila Fontenele (de óculos) falou sobre impacto no setor/Folha Atual

Pouco mais de um ano desde o registro do primeiro caso positivo de Covid-19 no Brasil, os efeitos gerados na economia e no meio social têm sido gigantescos. Neste cenário, o setor de eventos registra um prejuízo de R$ 270 bilhões de reais.

São inúmeros trabalhadores afetados, uma margem de 400 mil pessoas, que perderam o emprego relacionado a promoção de eventos culturais, artísticos, entre outros.

Em Picos, a realidade não é diferente. O setor de eventos quando se trata de casamentos, comemorações familiares, retorna de forma tímida, reduzida, com a capacidade mínima de público presente e seguindo todas as normas higiênico-sanitárias.

A jornalista e empresária no segmento de Cerimonial de Eventos, Sheila Fontenele, destacou que em meio a paralisação do setor foi preciso se reciclar, reavaliar e reinventar novos caminhos.

"Além de nos preocupar com a logística do evento, tivemos mais do que nunca de nos preocupar com as pessoas. O setor de eventos foi o primeiro que parou e está sendo o último a voltar, de forma plena. Há um ano atrás estávamos todos parados, tivemos vários eventos adiados para o segundo semestre de 2020. Quando chegou esse período vimos a proporção do que era a Covid, tivemos que dar uma pausa em tudo sem data para retorno. A nossa equipe sempre presou pelos cuidados e agora com a vacinação estamos realizando alguns eventos de forma bem reduzida e com todos os cuidados higiênico-sanitários. O que fica de tudo isso é a capacidade que nós temos de nos reinventar para realizar sonhos, lidamos com sentimentos, com pessoas", frisou Sheila Fontenele.

Diante desta realidade, Sheila Fontenele que coordena uma equipe de cerimonialistas explicou que a natureza dos eventos também sofreu algumas mudanças. Os casamentos, por exemplo, estão acontecendo de forma online no Civil e no Religioso de maneira presencial, ambos com público reduzido.

E os shows?

Estima-se que cerca de 350 mil eventos foram adiados no Brasil. Os shows artísticos, estes ainda não foram retomados para o grande público, uma situação que o promotor de Leonardo Frota conhece de perto.

“O setor de eventos foi o mais prejudicado desde o início da pandemia, o que nos deixa muito tristes diante de todo esse dilema que é a Covid-19. Alguns países saíram na frente, deixaram a politicagem de lado e já estão voltando os eventos de médio e grande porte. Infelizmente aqui no Brasil ainda vai demorar muito, a lentidão da vacina nos preocupa. Acredito que os eventos do futuro serão cheios de critérios", pontuou o promotor.

Leonardo Frota lamenta não haver maior incentivo governamental para apoiar os trabalhadores do setor.

Leonardo Frota com integrantes da Calcinha Preta, falou sobre setor de eventos

“O governo fez vista grossa para o setor de eventos, porque trabalhar com evento não é só quem produz um show, quem coloca música ao vivo em restaurante, não é só um mototaxista que deixa o cliente em um determinado evento, é toda uma cadeia de famílias que ficaram abandonadas", concluiu.

Projeta-se que diante de uma vacinação em massa, o setor de eventos volte a funcionar na sua totalidade, adequando-se ao novo ambiente que estamos inseridos.

 

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