Terça-Feira, 15 de Outubro de 2024

Casos de dengue aumentam em Picos e Vigilância Epidemiológica alerta população para cuidados

Publicado em 03/07/2021
Por Redação
FA-IMG-65bacf2363a04d6bb8a9.jpg
FA-IMG-65bacf2363a04d6bb8a9.jpg
Alerta é no sentido de eliminar o mosquito Aedes Aegypti/Divulgação

Por Paula Monize

Com a passagem do inverno e chegada de dias mais quentes, o cenário perfeito para reprodução do mosquito Aedes Aegypti, o município de Picos tem enfrentado uma onda de aumento nos casos de dengue. Segundo dados da Vigilância Epidemiológica foram registrados na primeira quinzena deste mês de junho 141 casos confirmados da doença.

Paralelo à confirmação de casos, as áreas que estão mais suscetíveis a proliferação do mosquito são regiões urbanas/comerciais, situadas próximas à pequenas lagoas e/ou criatórios de animais, além de terrenos baldios. No município picoense, os bairros acometidos com maior incidência são Ipueiras, Junco, Morrinhos e comunidades rurais.

O coordenador da Vigilância Epidemiológica de Picos, Robsonclay Viana, explicou que apesar do alto número de casos de dengue, o cenário atual ainda não se configura como epidemia.

Robsonclay Viana

“Esse número de casos ainda não configura uma epidemia porque ainda estamos dentro dos limites, mas sabemos que ainda existe muita subnotificação. As pessoas relatam que estão com sintomas de dengue, mas não procuram uma avaliação médica na Unidade Básica, não fazem exame. Então não temos como confirmar se trata realmente de dengue”, frisou Robsonclay Viana.

Sobre as ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti, a gestão municipal e Centro de Zoonoses tem realizado o trabalho de pulverização de inseticidas nos locais com foco de reprodução do mosquito.

“Hoje o Ministério da Saúde não preconiza mais o uso do carro fumacê, porque o mosquito criou resistência e ele não mata mais como antigamente. Hoje utilizamos um produto mais forte que deve ser aplicado focalmente. Então áreas com focos são monitoradas e aplicados inseticidas”, explicou Robsonclay Viana.

Curva de casos

Apesar do aumento de casos confirmados em laboratório ou vínculo epidemiológico, até o momento foram registrados dois casos de Chikungunya e nenhum óbito. Os pacientes que apresentam sangramento, portanto a dengue no seu quadro hemorrágico são encaminhados para tratamento na Capital Teresina. 

Para se ter uma maior compreensão da evolução dos casos, faz-se necessário um comparativo durante os últimos três anos. Em 2019, foram registrados 217 casos, em 2020 apenas 13 e em 2021 já são mais de 140.

A Vigilância Epidemiológica avalia que o baixo índice foi ocasionado no período de pandemia em que foi decretado isolamento social e as pessoas ficaram em casa, tendo maior cuidado em seus lares.

Sintomas

O diagnóstico da dengue é dado por meio de exame de sangue. Veja quais são os sintomas mais comuns:

- Febre alta com início súbito;

- Dor de cabeça;

- Dor atrás dos olhos (que piora com o movimento);

- Manchas e erupções na pele;

- Cansaço extremo;

- Dores nas articulações;

- Náuseas;

- Vômitos.

Cuidados

Saiba quais cuidados tomar para evitar a proliferação do mosquito transmissor: 

- Limpar o quintal, jogando fora o que não é utilizado;

- Tirar água dos pratos de plantas;

- Colocar garrafas vazias de cabeça para baixo;

- Tampar tonéis, depósitos de água, caixas d’água e qualquer tipo de recipiente que possa reservar água;

- Manter os quintais bem varridos, eliminando recipientes que possam acumular água, como tampinha de garrafa, folhas e sacolas plásticas;

- Escovar bem as bordas dos recipientes (vasilha de água e comida de animais, pratos de plantas, tonéis e caixas d’água) e mantê-los sempre limpos.

 

Comentários