O município de Caldeirão Grande do Piauí, situado na tríplice fronteira dos estados do Piauí, Pernambuco e Ceará, deve registrar uma safra recorde este ano, resultado do elevado índice pluviométrico registrado, associado ao programa de preparação das terras executado pela Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Agricultura.
O Programa Municipal de Valorização e Incentivo à Agricultura Familiar é uma iniciativa da gestão do prefeito João Vianney de Sousa Alencar e foi instituído no ano de 2018, por meio de Lei Municipal, com o objetivo de apoiar o pequeno agricultor familiar e fomentar a produção agrícola por meio da preparação gratuita das propriedades rurais destinadas ao plantio.
Esse ano, o Governo Municipal implementou o Programa e conseguiu ampliar o número de produtores atendidos, como também, a área rural preparada. O trabalho foi realizado no período de 30 de dezembro no ano passado, até o dia 15 de fevereiro de 2020. Ao todo, mais de 11 mil tarefas de terras foram aradas, beneficiando a mais de 500 agricultores.
Segundo o prefeito Vianney, para garantir que os agricultores fossem beneficiados com a preparação das terras dentro do período propício, o município realizou uma força tarefa. “O município licitou e contratou uma empresa, que terceirizou os trabalhos. Nós chegamos a ter 25 tratores trabalhando simultaneamente. Todos plantaram no tempo certo e a perspectiva está aí, de termos a maior safra de grãos de milho e de raízes de mandioca de Caldeirão Grande”, disse.
O valor aplicado pelo Governo Municipal no Programa Municipal de Valorização e Incentivo à Agricultura Familiar é bem superior ao que eles receberiam do Garantia Safra, em ainda terão uma produção recorde.
José Ananias de Sousa, de 52 anos, que reside na localidade Serra dos Pereiros, é um dos agricultores beneficiados, pelo segundo ano consecutivo. “Fiz o cadastro de novo esse ano, a Prefeitura aradou e eu plantei 20 tarefas de terra. Foi um pouco de feijão pra nós comer em casa, e o resto é mandioca e milho”, disse.
José Ananias
Graças ao apoio do Governo Municipal, ele pode ampliar a terra plantada. “Pra mim foi bom demais. Eu ia gastar um ‘bocado’ pra aradar essas terras. A base de 1 mil reais. Esse ano eu tava bem apertado. Se não fosse a Prefeitura, eu tinha arrumado só umas dez tarefas”, pontuou. O feijão já está sendo colhido. O milho deve ser colhido no mês de julho e a mandioca só no próximo ano, em 2021.
Outro agricultor que comemora o bom inverno é Aldo José, de 55 anos, que residente no Sítio Mulungu. Ele também foi contemplado pelo programa, que preparou 20 tarefas da sua propriedade para o plantio do milho e feijão. “A área maior é do milho, que são 20 a tarefas. De feijão são duas, só pra comer mesmo”, disse.
Aldo José
Para ele, uma ajuda significativa. “Uma bênção. Se não fosse a Prefeitura eu tinha que pagar do bolso, e cadê o dinheiro? Tinha que correr pra arrumar, vender alguma coisa pra pagar”, disse. Se tivesse que pagar pelo serviço, o gasto teria sido de 1 mil reais. Cada tarefa de terra preparada custa 50 reais. “Esse ano vai ser bom. A expectativa em relação aos outros anos é grande. Só não vai ficar satisfeito e colher muito que não cuidou em plantar”, finalizou.
O engenheiro agrônomo Glauber Ramon, que é secretário de Agricultura, falou sobre o Programa. “É um importante Programa de incentivo à agricultura familiar, que parte do princípio, que é preparo do solo para o plantio do pequeno agricultor, que vinha sendo castigado nos últimos anos, mas que esse ano foi abençoado com um bom inverno”, disse.
Secretário Glauber acompanha incentivo aos agricultores
As principias produções são o milho e a mandioca. “Na área que nós chamamos de sertão, a principal produção é o milho, e na área da serra, a maior produção é a mandioca. O feijão é cultivado nas duas áreas, mas em menor quantidade, geralmente, só para o consumo familiar mesmo. […] O feijão já está sendo colhido. Logo vem o milho e posterior a mandioca”, explicou.
Por Danilo Bezerra/cidadesnanet