Terça-Feira, 29 de Abril de 2025

BNB prorroga pagamento de dívidas e agricultores procuram agência

Publicado em 12/06/2013
Por Jailson Dias
6704ca2231626364bf009e6859e5.jpg
6704ca2231626364bf009e6859e5.jpg
BNB vem sendo procurado por agricultores /Jailson Dias

O governo federal baixou uma série de medidas provisórias reduzindo as dívidas de agricultores junto ao Banco do Nordeste do Brasil (BNB). Em Picos a agência do BNB vem atendendo diariamente centenas de pessoas que buscam uma solução para as suas dívidas junto a instituição bancária, mas o gerente, Vicente Furtado Pinto, informa que os produtores precisam estar alertas e procurar o banco rapidamente.

Ele enfatiza que os agricultores que contraíram empréstimo via PRONAF ou não, devem procurar a agência, por que a redução das dívidas varia de cada situação, exigindo uma formalidade diferente por parte do banco, o que leva algum tempo. “O agricultores às vezes pensam que tá anistiado, porém, cada caso é um caso”, explicou.

As MPs do governo federal preveem a redução de até 85% das dívidas para agricultores do semiárido que contraíram empréstimos de até 15 mil. Para agricultores de outras regiões a redução para um empréstimo do mesmo valor é de 65%. “Existem alguns instrumentos legais que permitem aos produtores ou liquidarem suas dívidas com rebates que variam em função do grupo que o agricultor se enquadra”, explicou o gerente.

Caso a dívida seja de até 35 mil, o produtor que contraiu empréstimo através do PRONAF poderá ter um bônus de 65%, caso resida no semiárido. Fora do semiárido essa redução é de 45%. Há ainda uma série de resoluções que garantem prorrogações do pagamento dos empréstimos para os clientes que não são agricultores familiares. “As pessoas que estão com dívidas em relação ao crédito fundiário que procurem o banco para resolver a sua situação”, informou Vicente Furtado.

Ele declara ainda que os agricultores não podem relaxar, devem procurar o banco o quanto antes, pois por se tratar de uma agência pública, sujeita a fiscalização dos órgãos de controle como Tribunal de Contas da União (TCE) e Corregedoria Geral da União (CGU), o banco é obrigado a cobrar as dívidas judicialmente. “Independente de quem seja o agricultor e de qual valor seja a dívida, o Banco do Nordeste é obrigado por lei a executar as dívidas que estejam vencidas”, alertou.

Com a situação junto a instituição financeira regularizada o agricultor terá a possibilidade de contrair novos empréstimos para reestruturar a propriedade depois dessa seca de dois anos. As medidas provisórias do governo foram fomentadas exatamente pela estiagem que vem enfrentando o nordeste.

Comentários