O ex-presidente Lula irá dormir no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo enquanto os advogados negociam com à Policia Federal a sua apresentação.
A Polícia Federal decidiu que não há mais condições para cumprir o mandado de prisão contra o ex-presidente Lula na noite desta sexta-feira (6). A PF considera que a operação, se deflagrada, colocaria em risco tanto partidários do ex-presidente quanto os próprios policiais. A negociação será retomada neste sábado após a missa em memória da ex-primeira-dama Marisa Letícia.
Há informação de que o avião da PF que levaria o ex-presidente Lula para Curitiba já se encontra no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Congonhas.
A ex-primeira dama Marisa Letícia faria 68 anos neste sábado. Após a missa, os advogados informaram aos negociadores que o presidente pretende se entregar, mas quer permanecer em São Paulo e não ir a Curitiba. A missa está marcada para às 9h30.
Atualizada às 18h25
Policiais federais de Curitiba já consideram que depois das 18 h não é mais possível prender o ex-presidente Lula (PT) no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), a não ser que um acordo seja feito com a defesa.
Os policiais dizem que há "chance zero" do petista ser preso e chegar à Curitiba nesta sexta-feira, 6, alegando que o cenário ainda é "muito difícil" para uma operação.
Por ora, a prioridade da PF é fechar acordo com a defesa de Lula, mas ainda garantem que a decisão judicial não deixará de ser cumprida e que é possível garantir a segurança dos agentes.
Já em São Paulo, a PF ainda aguarda ordem para dar início à prisão de Lula, e se considera remota a possibilidade de prisão sem negociação.
Atualizada às 17h20
Terminou às 17h (horário de Brasília) desta sexta-feira (6), o prazo dado pelo juiz federal Sergio Moro para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se entregasse na sede da Polícia Federal em Curitiba.
Juristas esclarecem que a decisão de Lula não representa um desrespeito à decisão judicial, uma vez que a apresentação dele às 17h era uma oferta, que o ex-presidente poderia ou não aceitar. Agora, a PF e o juiz Sérgio Moro decidirão quando o mandado de prisão será cumprido.
O ex-presidente Lula ainda não se pronunciou sobre o que irá fazer. Ele tinha até as 17h desta sexta para se apresentar à Polícia Federal.
Com a ordem de prisão, expedida ontem (5), Lula está no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP) desde às 19h dessa quinta-feira. O ex-presidente reuniu-se com lideranças do partido e seus advogados. Do lado de fora, militantes fazem uma vigília em apoio a Lula.
Em Curitiba, o delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paula informou que estava negociando com a defesa do ex-presidente para que ele se apresentasse. De acordo com o delegado, não está descartada o prosseguimento da negociação mesmo após o fim do prazo estabelecido pela Justiça.
O delegado disse que a intenção é evitar confrontos, já que o ex-presidente está no sindicato cercado por apoiadores. Igor de Paula acrescentou que é remota a chance de a Polícia Federal entrar no sindicato para prender o ex-presidente.
Senadora Regina Sousa se solidarizando com Lula
Atualizada às 16h50
O presidente do PT no Piauí, Assis Carvalho, que está na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC informou agora há pouco ao Cidadeverde.com que a decisão do ex-presidente Lula é permanecer no local.
Assis Carvalho e a senadora Regina Sousa estão em São Paulo e estiveram com o Lula se solidarizando com o petista.
"A gente fica pra baixo com essa decisão, mas quando fala com Lula fica pra cima. É tanta energia que nos anima", informou Assis Carvalho por telefone.
Ele informou que neste momento Lula estava reunido com seus advogados e depois terá uma reunião com a bancada do partido.
"Lula está respondendo pelo ódio de Moro, é um preso político e perseguindo. Quem quiser prendê-lo terá que vim buscar ele aqui", disse o petista.
Ele disse que o clima é de revolta e apreensão e que permanecerá em vigília no Sindicato dos Metalúrgicos.
Segundo Assis, há previsão do Lula falar para os manifestantes e para a imprensa.
Atualizada às 16h10
Em contagem para o cumprimento da decisão do juiz Sergio Moro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém a decisão de permanecer na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. O médico Gustavo Johnen informou que o ex-presidente está "abatido" e com pressão alta.
A imprensa nacional relata que Lula está na sala 207, no segundo andar do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo. Por volta das 15h, o médico Gustavo Johnen faz o pedido: “Tragam um desfibrilador”. “Ele está muito emocionado, é diabético e a pressão está alta”, disse o especialista.
FONTE: Cidade Verde