As vendas no comércio picoense, especialmente no setor de confecções e calçados, se mantém estáveis com relação ao mesmo período do ano passado, é o que apontam alguns comerciantes e empresários que falaram ao Folha Atual sobre o assunto. No entanto, essa movimentação não pode ser considerada normal, uma vez que há meia década as pessoas estavam gastando muito mais.
O gerente das Lojas Noroeste, localizada no centro de Picos, Ossean Santos, informou que percebeu uma redução na movimentação de pessoas dentro da loja, mas as vendas se equiparam ao Natal de 2015. Ele atribui esse fenômeno a objetividade dos consumidores, que neste ano estão indo ao comércio determinados a comprar, e não apenas comparar preços. “O clientes estão entrando e comprando”, comentou.
Ele informou que já trabalhava com a possibilidade das vendas permanecerem iguais ao ano passado devido a crise financeira que assola o Brasil, e frisa que se não fosse isso, o consumo estaria bem maior. Ossean destaca que a movimentação aumentou desde 21 de novembro e deve continuar até o dia 24 de dezembro, véspera de Natal.
A loja que ele gerencia ainda contratou 12 funcionários temporários, que dependendo do desempenho, podem permanecer na empresa depois desse período.
O comerciante Edson Rocha, dono da Loja Santo Antônio, com 29 anos no mercado, também declarou que as vendas se mantém estáveis, iguais ao mesmo período de 2015. Além da crise financeira ele cita a seca que se abateu sobre a região de Picos desde 2012 como fator de limitação para o consumo das pessoas.
Pela sua experiência o comerciante informou que a procura por roupas e calçados deve se manter no mesmo ritmo até as festas de réveillon. Edson disse ainda que para o negócio de confecções, o Natal é a melhor época do ano. “Há quatro anos nós não dávamos era conta”, lembrou saudosista.
Como país enfrenta uma crise financeira e as pessoas estão gastando menos, Edson comentou que a solução é se adaptar a situação atual e trabalhar de acordo com as possibilidades da população.