Domingo, 13 de Outubro de 2024

Enfermeiras e técnicas de enfermagem cruzam os braços

Publicado em 18/08/2015
Por Marta Soares
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Enfermeiras cruzam os braços/Jailson Dias

As enfermeiras e técnicas de enfermagem do Piauí deram início a partir da quinta-feira, 04, ao movimento grevista que reivindica, dentre outros direitos, o restabelecimento total da insalubridade no contracheque do mês de janeiro, que sofreu um corte de 50%. Os profissionais que trabalham no Hospital Regional Justino Luz (HRJL) também cruzaram os braços e promoveram um ato em frente a casa de saúde. Algumas pessoas usavam camisas pretas em sinal de protesto.

Representante do SENATEPI, enfermeira Tânia Luz, informou em entrevista que além do restabelecimento da insalubridade, a categoria também luta pelo plano de cargos e salários, reajuste de 2015/2016, pagamento do incentivo a melhoria da saúde, algo que os enfermeiros não recebem há muito tempo.

Segundo a sindicalista a situação se agravava com a recusa do governo do estado de sentar com a categoria para negociar, acontecendo a primeira rodada de negociações apenas nesta semana. As conversações não evoluíram e a categoria decidiu por deflagrar o movimento grevista. “É paralisar, para mostrar que a enfermagem tem força e é quem segura a assistência hospitalar, e estamos unidos”, frisou Tânia Luz.

Em obediência ao que diz a lei, 30% da assistência hospitalar para os pacientes foi assegurada. Há, contudo, um, porém. Atualmente o HRJL é gerido na atualidade pela Organização Social IGH, que contratou os serviços de muitos profissionais não concursados, que, portanto, não podem entrar greve.

Em alguns setores eles já seriam a maioria. “Os contratados chegam quase a ser a maioria em algumas categorias, de enfermeiros, são a maioria, de técnicos, ainda não”, informou Tânia Luz.

Para esclarecer a situação Tânia Luz informou que no dia 04 de fevereiro, entre coordenações e enfermeiros assistencialistas, 20 enfermeiros estavam de plantão, mas desse total, apenas cinco são servidores públicos, os demais fazem parte dos quadros da IGH. Quanto aos técnicos, dos 29 lotados, 18 são servidores estaduais e 11 da IGH. “A IGH já ultrapassa o limite mínimo da assistência”, explicou.

Complementam as reinvindicações da categoria: melhores condições de trabalho; aumento do quadro de efetivos; correção do valor adicional noturno; reajuste salarial conforme a inflação e oferta de concurso público. 

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