Sábado, 12 de Outubro de 2024

Júri do caso Nondas continua e viúva será ouvida nesta tarde

Publicado em 11/06/2015
Por Marta Soares
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Toinha/Folha Atual

 

Uma sessão longa e cansativa. Foi encerrada às 14h30 desta terça-feira, dia 17, a primeira parte do julgamento da empresária Antônia Sousa de Andrade, a Toinha. Toinha é acusada de ser a mandante do assassinato do próprio marido, Epaminondas Coutinho Feitosa, no dia 08 de julho de 2013, quando saía da residência do casal, por volta das 21h30min.

Já foram ouvidas as três testemunhas de defesa e as três de acusação, restando agora o interrogatório da acusada, debates e análise do júri popular, que decidirá pela condenação ou absolvição da viúva. O julgamento está sendo retomado após meia hora de intervalo.

Para o assistente de acusação, Solano Feitosa, os depoimentos confirmam que a ré é de fato a mandante do crime: “Eu acho que o trabalho está transcorrendo de forma absolutamente normal, o curso dos trabalhos atende a expectativa da magistrada, da defesa, do Ministério Público e Assistência de Acusação. Até aqui foram ouvidas as testemunhas e ao meu ver não existe nenhuma dúvida de que a ré funcionou como mandante e autora intelectual do crime. O motivo do crime foi induvidosamente mercenário, ela buscava uma apólice de seguro no valor de R$ 400 mil reais através desse homicídio”, disse.

Pela acusação foram ouvidos a ex-mulher do Irinaldo José do Nascimento, o Teté, a Tamires, que afirmou ter recebido ameaça de morte contra ela e o filho, caso Teté denunciasse Toinha à polícia. Foi ouvido ainda o delegado responsável pela investigação do caso, Tales Gomes. Este foi o depoimento mais longo até o momento. Antes de iniciar o depoimento, o advogado de defesa, Herval Ribeiro, tentou que o depoimento do delegado não fosse tido como o de uma testemunha e sim como de informante, pedido que não foi aceito pela magistrada Nilcemar Araújo, após a promotora Itaniely Rotondo alegar que o delegado é um servidor público conhecedor das leis, sabendo que estando ali como testemunha teria o dever de falar apenas a verdade, tornando o seu depoimento imparcial.

Em seu depoimento, o delegado relatou com detalhes o trabalho investigativo da polícia.

A terceira testemunha arrolada pela acusção foi a costureira Aracir, que recebeu ligação de Toinha no dia do crime, informando que Epaminondas iria até a sua casa buscar umas encomendas, alegando que estaria na escola do filho.

Arrolada pela defesa, as testemunhas Marli, que trabalhou na casa de Toinha em 2010, 2011 e 2013, falou apenas sobre o dia a dia da casa e ressaltou que após a morte de Epaminondas, a viúva continuou levando uma vida normal.

O corretor de imóveis, Edílson Feitosa, também foi ouvido e disse que avaliou por duas vezes uma chácara na Sussuapara a pedido de Toinha, sendo uma avaliação em 2011 e outra em 2013. A propriedade foi avaliada em R$ 200 mil reais e não chegou a ser vendida.

Por último, Talcione, uma ex - detenta da Penitenciária Feminina, que esteve detida até outubro de 2013, quando Toinha chegou a penitenciária, disse que não tinha proximidade com a acusada, mas que conversas variadas entre as demais detentas e visitantes, Toinha estava presa por ser a mandante do assassinato do marido.

Caso seja condenada, Toinha pode pegar de 12 a 30 anos de prisão em regime fechado. Caso seja absolvida, sairá em liberdade.

 

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