Sábado, 12 de Outubro de 2024

Rio Guaribas desaparece sob os olhos dos picoenses

Publicado em 31/05/2015
Por Jailson Dias
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Rio Guaribas desapareceu/Jailson Dias

Caudaloso em períodos chuvosos de um período recente o Rio Guaribas vive um dos piores momentos de sua longa existência. As suas águas quase não podem mais ser notadas por quem trafega diariamente sobre a primeira ponte da Av. Senador Helvídio Nunes, sentido Centro-Junco, próximo à passarela, que está sendo duplicada, graças a uma obra do governo do estado, possível com recursos do Banco Mundial.

Além da obra, a vegetação formou uma espécie de tapete verde, impedindo a visão da água.

Dentre os inúmeros motivos que contribuem para essa morte anunciada do rio que simboliza a cidade, estão: a seca, a barragem de Bocaina, o assoreamento, as inúmeras irrigações irregulares existentes desde o município de Bocaina até a cidade de Picos, além da retirada irresponsável de areia de suas margens para utilização na construção civil.

A Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Picos está realizando um levantamento ao longo de toda a extensão do Rio Guaribas com o objetivo de revitalizá-lo. Através desse trabalho foi constatada a existência de 150 pontos de irrigação irregular. A Polícia Ambiental de Teresina foi convocada para auxiliar na repressão a essa prática criminosa.

Desrespeito

O Rio Guaribas é historicamente desrespeitado pela população local. Principal responsável pelo ciclo econômico do alho e da cebola, as suas águas começaram a minguar a partir da conclusão da construção da barragem de Bocaina, em 1986. Até então, era bastante utilizado para as mais variadas práticas, inclusive o lazer.

Multa

Ainda no seu primeiro mandato o ex-prefeito Gil Paraibano tentou reaproveitar o potencial oferecido pelo Guaribas construindo a “Prainha de Gil”, como terminou por ser batizada pelos picoenses. Mas tão logo seu mandato chegou ao fim, a “Prainha” deixou de existir, restando uma multa de R$ 300 mil a ser paga pelo município devido a construção ter sido realizada sem a devida licença ambiental.

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