Servidores estaduais participam de recadastramento do Governo do Estado

Os servidores estaduais, ativos, inativos, aposentados, pensionistas e terceirizados estão participando do recadastramento promovido pelo Governo do Estado do Piauí. O objetivo oficial é passar um pente fino na administração descobrindo quem está sendo remunerado indevidamente e assim poupar as finanças públicas.

A etapa presencial do recadastramento começou no dia 06 de outubro e deve se estender até 20 de novembro, dessa data até o dia 23 acontecerá o que é definido como “atendimentos especiais”. Há documentos específicos a serem apresentados por cada categoria: ativos, inativos e aposentados, que podem ser conferidos no portal do Governo do Estado.

Em Picos o local escolhido para atender os servidores foi o antigo prédio da Uespi, no bairro Junco, onde atualmente funciona a modalidade de ensino a distância (EAD). O supervisor do recadastramento, Wallyson de Andrade, informou que a procura dos servidores se mostrou mais intensa nos primeiros dias, mas atualmente tem seguido um ritmo constante, o que mostra a preocupação das pessoas em cumprir o mais rapidamente possível com essa obrigação.

As sanções para quem se recusar a comparecer ao ponto de recadastramento são pesadas. “Ele terá o pagamento suspenso até que possa comparecer a sua secretaria de origem para atualizar os seus dados, porque isso é uma exigência do Estado, para que o governo possa fazer o seu cálculo atuarial para saber quanto terá de gastar com ativos e pensionistas”, explicou Wallyson.

Protestos

Apesar da ideia do Governo do Estado de promover o recadastramento e descobrir possíveis irregularidades na sua folha de pagamento ser justa, nem todos estão satisfeitos com essa exigência, especialmente aqueles que nada devem. Esse é o caso da aposentada Diva Nobre Guimarães, 87, que ao avistar nossa equipe expressou o seu repúdio ao recadastramento.

Ela frisou a obrigatoriedade de pessoas sem condições físicas terem de comparecer ao ponto de recadastramento, sendo este o seu caso, sofrendo com problemas de saúde, dentre eles, pressão alta, a senhora Diva Nobre reclamou da impossibilidade de permanecer no local de recadastramento por muito tempo. A aposentada criticou a ineficiência do Governo do Estado em oferecer o básico a população, como a segurança pública. “Por que ele não manda a polícia para as ruas, eu vivo praticamente atrás das grades”, frisou.

O Governo do Estado que 90 mil pessoas se procurem os pontos de recadastramento dentro do prazo estipulado.