Em entrevista ao Folha Atual o prefeito de Picos, Pe. Walmir Lima (PT), informou que estão sendo realizadas conversações com dois órgãos públicos de promoção de concursos muito conhecidos no Piauí, a Coordenadoria Permanente de Seleção (COPESE) da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e o Núcleo de Concursos e Promoção de Eventos (NUCEPE) da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), para a promoção do concurso público cancelado devido a determinação judicial.
O procurador jurídico do município, advogado José Neto Monteiro, informou que já foram realizadas reuniões com os presidentes dos dois órgãos, mas ainda é cedo para garantir que um deles vá assumir a responsabilidade por realizar o concurso para preenchimento de cargos da Prefeitura de Picos.
A realização do concurso da Prefeitura por uma dessas instituições teria como grande vantagem a dispensa de licitação, uma vez que elas não possuiriam fins lucrativos e a atual administração tem um prazo que vai até fevereiro de 2016 para promover o certame e empossar os aprovados. No entanto, José Neto declarou que não pode haver precipitação para a realização do concurso sem que todas as pendências tenham sido resolvidas.
“Não seremos apressados em lançar o edital do concurso sem ter resolvido questões iniciais, pendentes do outro concurso. Estamos em um momento de conversa e estudo da viabilidade desse concurso por uma dessas instituições”, comentou o procurador.
Dentre os problemas a serem resolvidos José Neto citou a questão do pagamento realizado pelas quase dez mil pessoas que se inscreveram no concurso aberto pelo então prefeito Kléber Eulálio. Discute-se a possibilidade de devolução do dinheiro e como isso poderia ser feito ou até compensação dos candidatos em uma nova inscrição. “Acho que caminha nesse sentido”, comentou.
Quanto ao valor arrecadado pelo Instituto Machado de Assis (IVIN) nas inscrições, José Neto disse apenas que essa discussão ainda não está acontecendo e que foi dado um prazo para a empresa repassar todos os dados a Prefeitura. “Não estamos falando em valores, demos um prazo para a empresa que fez todo o levantamento, para quando bater o martelo na questão da compensação possamos informar a população”, declarou.