Apropriação de calçadas e ruas por comerciantes continua um problema grave em Picos

A cidade Picos apresenta diversos problemas cuja origem está no mau hábito de sua população, contando historicamente com a conivência do poder público. Como exemplo pode ser citado a apropriação das calçadas e até de trecho das ruas por comerciantes que as utilizam para expor produtos e até garantir uma vaga para estacionamento, como se a rua fosse particular.

O secretário de Transporte, Trânsito e Mobilidade Urbana, Manoel Vieira, informou que a “Operação Calçada Limpa” continua, mesmo enfrentando resistência por parte de alguns comerciantes. “A cidade de Picos apresenta várias diversidades, inclusive no que diz respeito às vias públicas mesmo. Nós temos alguns locais com pessoas com barracas e isso não pode, estamos dialogando com elas”, comentou.

Manoel Vieira afirmou que a Prefeitura vem buscando o dialogo com os comerciantes que ocupam as calçadas e impedem o livre trânsito dos pedestres e que já notificou alguns desobedientes. Ele assegurou que as notificações continuarão à medida que as pessoas forem avisadas e, ainda assim, recusarem-se a cumprir o que diz o Código de Postura do Município.

“É claro que nós vamos ter de utilizar a lei no sentido de estar tirando esses instrumentos de forma indevida, tipo: cavaletes, cones. Nós encontramos situações em que as pessoas estão utilizando cones como se as calçadas e ruas fossem privadas, e isso não pode acontecer”, frisou.

O Código de Postura, extremamente defasado, data de 18 de junho de 1987, prevê que as calçadas devem ficar livres para que as pessoas possam caminhar por elas sem dificuldade. Há tempos fala-se na elaboração de um novo código, mais atual, mas até o momento essa ideia não foi posta em prática. Fatos como esse contribuem para que a cidade permaneça desorganizada.

Além dos grandes comerciantes as calçadas estão sempre repletas de camelôs vendendo, sobretudo, DVDs piratas. A praça Josino Ferreira, onde está localizado o antigo prédio da Prefeitura de Picos, se encontra completamente descaracterizada pela grande número de barracas. Manoel Vieira comentou que a população também precisa ajudar, mas esse discurso já vem sendo repetido há muito tempo caindo sempre em ouvidos moucos.