O procurador do Trabalho, Ronald Curado Fleury, em entrevista ao Folha Atual, quando de sua visita a Picos, afirmou que não se deve apenas resgatar as pessoas do trabalho escravo, mas evitar que caiam nesse ciclo, especialmente na zona rural. A principal forma apontada por ele é a promoção de políticas públicas que instruam as pessoas sobre os perigos.
“Queremos fazer um trabalho mais direcionado a questões regionais, para que tenhamos mais resultados. Nosso sonho é que não tenhamos mais trabalhadores resgatados do trabalho escravo, não por nossa falta, mas pela regularização das condições profissionais”, explicou.
Ronaldo Fleury cita que o trabalho escravo sofreu uma grande redução na zona rural, em compensação surge o trabalho escravo urbano, fruto das grandes migrações populacionais verificadas em todo o mundo.
“Nós queremos mudar o foco, e sempre pegando essas regiões onde temos mais problemas climáticos, onde há uma necessária migração e os trabalhadores ficam sujeitos a aceitar emprego em condições menos dignas”, explicou.