Sábado, 12 de Outubro de 2024

Assessores técnicos debatem terceirização do HRJL em Picos

Publicado em 11/04/2015
Por Jailson Dias
a512fdc579c7511d018fc025d163.jpg
a512fdc579c7511d018fc025d163.jpg
Reunião debate terceirização/Jailson Dias

Na tarde da terça-feira, 15, uma equipe técnica da Secretaria Estadual de Saúde do Piauí esteve na cidade de Picos para debater a terceirização da direção do Hospital Regional Justino Luz (HRJL). A reunião aberta aconteceu no plenário Vereador Pedro Barbosa da Câmara Municipal, contanto com a presença dos vereadores, lideranças sindicais e usuários do SUS. No entanto, apesar da delicadeza do tema ficou no ar a sensação de que mais pessoas deveriam ter participado desse evento.

O assessor técnico da Secretaria de Saúde, Francisco Passos, falou por quase uma hora sobre as implicações da terceirização do Hospital Regional, afirmando que a ideia surgiu a partir de outros processos semelhantes que existem em vários estados brasileiros, começando pelo contraditório São Paulo, nas suas palavras: “a Meca do PSDB”.

Ele disse ainda que os servidores concursados não têm com que se preocupar uma vez que estão assegurados por lei, quanto aos contratados, estes estarão à mercê da Organização Social (OS) que vencer a chamada pública aberta desde a terça-feira, 15. Ao todo três instituições estão se propondo a gerir o regional, dentre elas a Cruz Vermelha do Rio Grande do Sul.

“Ao invés de ter o Estado administrando diretamente alguns serviços, ele delega a Organizações Sociais, por lei elas não podem ter lucro e na eventualidade de haver sobra do recurso financeiro utilizado, ela terá de reinvestir no interesse do próprio hospital”, comentou.

O contrato assinado com a Organização Social terá validade de um ano podendo ser renovado por igual período. Há a possibilidade de ser rompido caso a OS não satisfaça os interesses da população.

Francisco Passos também procurou assegurar a população que o atendimento do Hospital Regional continuará público, ou seja, os pacientes não terão de pagar pelos serviços.

Os representantes das mais diversas categorias e usuários do Sistema único de Saúde (SUS) não esconderam a sua insatisfação com a decisão do Governo do Estado. Até chegou-se a questionar por que Picos foi escolhida ao invés de outros polos mais próximos de Teresina, como a cidade de Parnaíba.

Também se indagou o porquê do silêncio em torno de uma decisão que afeta a vida de milhares de pessoas. Alguns cartazes disponibilizados pela Câmara Municipal chegavam a afirmar que a “população repudiava a atitude do governador Wellington Dias”, para os quais ele tenha assinado o atestado de incompetência ao transferir a gestão do Hospital Regional Justino Luz.

Comentários