Sábado, 12 de Outubro de 2024

Protestos contra terceirização do HRJL culminam em passeata pelas ruas de Picos

Publicado em 06/04/2015
Por Jailson Dias
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Manifestação contra terceirização do hospital regional/Jailson Dias

Ao longo da última semana as reações tem se feito sentir contra obscura iniciativa do Governo do Estado de “terceirizar” ou “privatizar” (o termo não estão bem claro) a direção do Hospital Regional Justino Luz de Picos (HRJL). Os protestos culminaram com uma passeata realizada na tarde da quinta-feira, 10, pelas principais ruas e avenidas da cidade, partindo da Câmara Municipal e encerrando-se na praça Félix Pacheco, onde as palavras de ordem contra essa medida continuaram.

Ainda na Câmara Municipal o grupo de manifestantes composto de sindicatos, associações e servidores do HRJL, recebeu o apoio de muitos vereadores que, da tribuna, criticaram o que parece ser uma grande contradição do governo Wellington Dias, que por ser do PT tem feito algo que sempre condenou, ou seja, reduzir o poder do Estado.

O vereador José Rinaldo Cabral Filho, o Rinaldinho (PSB), informou que chamada pública para organizações que desejem administrar o HRJL foi adiada desta quinta-feira, 10, para a próxima terça-feira, 15. Ele ligou para a Secretaria Estadual de Saúde do Piauí e ouviu que a explicação para essa mudança era garantir a transparência do edital, embora se possa perceber que o Governo do Estado sentiu a pressão que veio de Picos.

Para o vereador petista Wellington Dantas o termo “privatização” que vem sendo adotado por muitos está errado e declarou que esse modelo de administração “terceirizada” vem dando certo em outros estados, mas reconheceu que o problema foi originado pela falta de debate. “Para mim a falha que aconteceu foi a falta de discussão com os servidores do hospital”, comentou.

Wellington Dantas informou que na próxima terça-feira, 15, haverá uma reunião com uma equipe técnica da Secretaria Estadual de Saúde do Piauí na Câmara Municipal de Picos a partir das 17h00, com o objetivo de explicar como acontecerá essa “terceirização” ou “privatização”.

A presidente do SINDSERM, Edna Moura, que também integra o Conselho Municipal de Saúde explicou que a discussão começou devido a falta de debate e de esclarecimentos sobre o que acarretará a “terceirização”, especialmente em decorrência do que acontece no restante do país, como redução de salários e ausência de concursos público.

Ela pede mais participação da sociedade picoense uma vez que a “terceirização” do Hospital Regional repercutirá sobre a vida de todos. Durante a manifestação da quinta-feira, muitas palavras de ordem foram gritadas contra Wellington Dias e a contradição em adotar uma prática pouco convencional para um governo que se declara socialista.

 

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