Sábado, 12 de Outubro de 2024

Crise nacional atrasa início do curso de medicina na UFPI de Picos

Publicado em 17/03/2015
Por Jailson Dias
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Curso de medicina só em 2016/Edson Costa

A Universidade Federal do Piauí – Campus de Picos viveu no primeiro semestre de 2015 a expectativa de que o curso de medicina desse início às suas aulas em agosto, mas ainda ao final de julho, a diretora do Campus, professora Alveni Barros, foi informada que as primeiras 30 vagas serão ofertadas apenas para o primeiro período letivo de 2016. Como se diz na linguagem acadêmica, 2016.1.

Segundo Alveni Barros o motivo do adiamento foi a crise nas contas públicas do governo federal, que, como demonstrado no noticiário nacional, tem procurado cortar gastos e ampliar a sua arrecadação, como as polêmicas modificações do Fundo de Garantia do Trabalhador (FGTS) e do INSS. Dessa forma o governo decidiu segurar a abertura de novas vagas nas universidades federais, não apenas em Picos, é claro, mas em todo o país.

Espera-se, dessa forma, que as contas públicas estejam saneadas em 2016, podendo retomar a expansão universitária.

O mais curioso é que, embora a abertura do curso de medicina em Picos tenha sido referendado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), cabe ao Ministério do Planejamento autorizar o seu funcionamento, como já explicado anteriormente, pela questão das finanças.

Nos últimos dias o governo federal teria aberto 880 vagas para contratação de professores através de concurso público em todo o Brasil. Alvenir disse ter perguntado ao reitor da UFPI, Arimatéia Dantas, se o Campus de Picos seria contemplado, ouvindo uma resposta afirmativa.

Se confirmado, Picos receberia 60 novos professores, que chegariam a universidade por etapas, 20 de cada vez. Eles seriam contratados à medida que o curso fosse avançando. O certame tem de ser realizado até o final do ano, pois a grade curricular requer toda uma atenção, como a realização de oficinas. Segundo Alveni, o processo de formação desses professores é continuado.

Quanto ao número de vagas para os acadêmicos, estas permanecem em 60. Trinta entrariam no primeiro semestre de 2016 e os outros 30 no segundo semestre. A diretora frisa que as obras para recebimento dos acadêmicos têm de ser empenhadas até o final deste ano. Como os primeiros períodos são teóricos, a UFPI de Picos pode recebê-los, mas ao longo do curso a prática se fará cada vez mais necessária, tornando obrigatória a existência de laboratórios e hospitais, como o novo Hospital Regional cujas obras estão paradas, mas que podem ser retomadas logo.

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