Para o mototaxista e ex-líder sindical, Everaldo Barros, a desunião da classe e a ausência de fiscalização por parte da Secretaria Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana (DMT) quanto aos clandestinos tem dificultado a vida dos trabalhadores que exploram esse serviço de mototaxi na cidade de Picos. “Aí vem os mototaxistas piratas e aqueles que não acreditam mais”, comentou.
A desunião entre os mototaxistas é tamanha que o Sindicato dos Mototaxistas de Picos (SINDIMOTAPI) encerrou suas atividades em março desse ano devido a falta de adesão. O SINDIMOTAPI era presidido pelo Everaldo Barros, e teve duração de pouco mais de dois anos.
Atualmente não existe um órgão regulador da categoria na cidade de Picos, dessa forma, os mototaxistas pagam alvará a Prefeitura e taxas de prestação de serviço.
Everaldo afirma que aposta na gestão de Manoela Vieira que prometeu intensificar a fiscalização sobre aqueles que exploram o serviço de forma irregular, sem pagar as taxas. “Se ele continuar dessa forma tenho certeza que conseguiremos unir os mototaxistas na nossa cidade”, comentou .
A tentativa mais próxima de regularização dos mototaxistas de Picos aconteceu no primeiro mandato do ex-prefeito Gil Paraibano (2005-2012), quando 500 destes trabalhadores foram cadastrados junto a Prefeitura. Como a desunião tem imperado, o número de mototaxistas atualmente deve ser bem maior, o que tem resultado em ganhos cada vez menores para quem vive desse serviço.
Para Everaldo há um excedente do número de mototaxistas em Picos, ou seja, a oferta tem sido bem maior do que a procura. “Eles não estão mais conseguindo manter a sua casa, as suas coisas em dias, tanto que muita gente tá parcelando as compras”, frisou.