Segunda-Feira, 07 de Outubro de 2024

Policiais civis fazem assembleia e decidem continuar em greve no Piauí

Publicado em 24/01/2015
Por Jailson Dias
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Policiais em greve/cidadeverde.com

O Sindicado dos Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi) decidiu manter a greve iniciada nesta semana. Em assembleia realizada na manhã desta terça-feira (3), na praça Saraiva, em frente a Delegacia Geral, maioria dos servidores presentes decidiram continuar a paralisação, apesar do governo do estado ter afirmado que só irá continuar as negociações se os policiais voltarem aos trabalhos.

Com a manutenção da greve, os policiais civis só irão atender ocorrências de homicídios, latrocínios, estupros e crimes contra criança e idoso. Boletins de ocorrência estão sendo registrados somente na Delegacia Geral, no Centro de Teresina, e a Central de Flagrantes continuará a receber reforços para as ocorrências da capital.
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Uma nova assembleia foi marcada para a próxima terça-feira (9) para avaliar o movimento, mas o Sinpolpi já acredita que a questão será judicializada.

O movimento começou após o governo conceder metade do reajuste salarial previsto para o mês de maio, alegando dificuldades para cumprir a lei de responsabilidade fiscal. Além do aumento, outras questões trabalhistas foram inseridas na pauta de reivindicações.

Segundo o secretário-geral do Sinpolpi, Valdir Bezerra, o delegado geral Riedel Batista chamou a entidade e afirmou que o governo só voltará a negociar se o movimento grevista for suspenso.

"Em plenária realizada ontem à tarde a direção autorizou que a assembleia prevista para sexta-feira fosse antecipada para hoje, para que todos os agentes e escrivães possam votar sobre a suspensão ou não do movimento para o retorno das negociações", explicou Valdir Bezerra.

Antes da reunião, o secretário-geral já não acreditava que a categoria fosse aceitar a suspensão do movimento. "Essa decisão do governo só provoca mais a categoria, porque desde o dia 26 de maio foi acordado a greve e o governo ficou calado durante esse tempo, não demonstrando interesse em resolver a questão. Por isso queremos forçar com a greve uma negociação até o governo ceder", afirmou Bezerra.

Maioria vota pela manutenção da greve

O presidente do Sinpolpi, Constantino Júnior, disse que a assembleia foi convocada somente para votar pela suspensão ou não do movimento. Ele afirmou que a contraproposta apresentada pelo sindicato ao governo nunca foi negociada. "São 12 itens que além do reajuste propusemos o aumento da diária para agente de nível superior e o reajuste do tíquete alimentação, que está congelado há 10 anos. Além dos outros 50% do reajuste salarial serem pagos em agosto e a parcela ser paga integralmente em dezembro", explicou o presidente.

Como foi mantida a greve, Constantino Júnior acredita que as negociações deverão ocorrer no Poder Judiciário. "Com certeza o governo vai pedir sua ilegalidade e essas negociações serão feitas na Justiça. Lá nós também vamos reivindicar que a diferença percentual entre delegados e agentes seja acordada, pois no começo do ano o estado deu sinal verde para a Assembleia Legislativa colocar os delegados no teto do Judiciário e não mais no teto do Executivo, e isso vai aumentar considerávelmente a diferença salarial que já é muito grande", afirmou o presidente.

Fonte: cidadeverde.com.br

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