Cemitério São Pedro de Picos vira lar de gatos abandonados

O problema já é verificado há muitos anos e a solução parece ser difícil. O Cemitério São Pedro de Alcântara, o maior da cidade de Picos, virou depósito de gatos abandonados. Durante o dia e a noite é possível perceber um bando desses animais se alimentando na calçada. As pessoas que vão visitar os túmulos dos seus entes queridos reclamam da quantidade desses animais, chegando até a tropeçar nos felinos.

Nossa equipe conversou com alguns servidores públicos que fazem a limpeza do cemitério. Eles relatam que chegam a recolher até dez gatos mortos por dia, mas o número não diminui uma vez que muitas pessoas abandonam filhotes desses animais todos os dias, em sacos e caixas de papelão.

Em entrevista ao Folha Atual o coordenador do Centro de Controle de Zoonoses de Picos (CCZ), Agenor de Sousa Martins, informou que os gatos são recolhidos constantemente, mas um dia depois do trabalho a situação se encontra do mesmo jeito, com os felinos tomando conta da entrada do cemitério.

Muitas pessoas com espírito de caridade alimentam os gatos diariamente, até com ração, mas a prática não é recomendada uma vez que o lugar deles não é ali. Atualmente não existe nenhum vigia que passe o dia inteiro no cemitério, um servidor abre o portão todas as manhãs, mas vai embora. Seria necessário alguém que estivesse por lá por todo o dia e pudesse coibir essa prática.

Doenças

Os gatos no Cemitério São Pedro de Alcântara, por não serem tratados, podem transmitir uma série de doenças, inclusive fatais. Dentre essas enfermidades podem ser citadas: toxoplasmose, alergia respiratória, micose, esporotricose, Síndrome da Larva Migrans Visceral, Ancilostomíase. Todas transmitidas através do contato com os animais, mordidas, arranhões.