Sexta-Feira, 11 de Outubro de 2024

40% dos imóveis vistoriados em Picos possuem “gatos de energia”

Publicado em 11/12/2014
Por Marta Soares
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Equipes fiscalizam pontos suspeitos/Edson Costa



 

A crise hídrica deixou em alerta todo o país e um dos setores que tem sofrido com esse problema é o sistema de distribuição de energia. A grande parte da energia gerada no Brasil ainda é oriunda das hidrelétricas. O sinal ficou vermelho para concessionárias e também para o consumidor. Com isso, a Eletrobrás declarou guerra aos fraudadores da energia elétrica e na cidade de Picos a situação não é diferente.

De acordo com o líder do Processo de Combate às Perdas do Departamento Regional Sudeste da Eletrobrás, Janderson Santos, uma das principais irregularidades está nos conhecidos “gatos”, que são as ligações irregulares ou roubo de energia elétrica, que é crime. Sete equipes, cada uma com um eletricista e um eletrotécnico, fazem mais de cem vistorias por dia em Picos e o resultado destas vistorias é: quase 40% das residências ou comércios visitados apresentam a irregularidade. Um número consideravelmente alto, segundo Janderson. E nas próximas semanas serão feitas novas contratações para aumentar o número de equipes.

Esse crime ocasiona um efeito “dominó”, já que prejudica as concessionárias e os consumidores: “Isso tem um efeito social, tem efeito no meio ambiente, tem efeito econômico. Uma vez que as pessoas praticam esse tipo de uso indevido da energia, consumindo mais e não arcando financeiramente com seu gasto, isso reflete em problemas estruturais. Causa um impacto financeiro à concessionária porque ela deixa de receber por essa energia fornecida, deixa de oferecer uma energia de melhor qualidade. Entendemos que é uma questão cultural, mas é uma ação danosa a todos. A energia também fica mais cara para o consumidor porque a Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica incorpora parte desse prejuízo à tarifa paga pelo consumidor”, disse.

Além dos prejuízos financeiros, os riscos ao consumidor que faz “gato” é grande. “São ligações malfeitas e isso gera oscilação de tensão, podendo causar até um problema mais grave, como um curto circuito e incêndios”.

Quando o consumidor é flagrado em uma dessas vistorias e o “gato” de energia é comprovado, a concessionária elabora um projeto de recuperação da receita para que o consumidor arque com os valores referentes ao que foi consumido. Além disso, o furto de energia é tipificado como crime no Artigo 155 do Código Penal.

Comentários
Consumidor
05/04/2015 21:25:27
Será senhores da Eletrobras, que esses gatos só existem, nas casas de pessoas trabalhadoras, ou tb nas casas dos próprios funcioários da Eletrobrás? eu tenho certeza que maiores gatos vcs vão encontar nas casas dos próprios funcionários de vcs, por ex: os próprios engennheiros, e tb os funcionários, não venha me dizer que não, pq ai vou pensar que vcs, querem nos subestimarem ok???