Alta no preço dos combustíveis obriga picoenses a repensar economia doméstica

A alta de R$ 0,22 em cima do preço da gasolina e R$ 0,15 do diesel, válida desde 1° de fevereiro, tem provocado mudança nos hábitos de consumo da população picoense. Muitos têm repesando as prioridades e despesas domésticas, pois, embora o acréscimo pareça pouco, repercute não apenas no bolso de quem abastece, mas no encarecimento dos produtos que dependem de transporte.

Em entrevista a nossa equipe de reportagem, a professora universitária Daiane Rufino, declara que sentiu essa despesa no bolso pelo fato da gasolina ser consumida diariamente, assim como outros itens de primeira necessidade. “Sim, alterou. A gasolina é como alimentação e energia, consumimos todo dia, então, qualquer aumento no preço tem grande impacto na vida financeira doméstica”, comentou.

Para driblar essa alta e administrar as contas domésticas sem passar aperto ela informou que teve de repensar algumas despesas não prioritárias. “Tem que cortar outros gastos menos essenciais. Como vestuário. Minha meta é reduzir os gastos com cartão de crédito”, explicou.

Ela disse ter sentido um impacto considerável em suas contas, pois esse aumento coincidiu com o ingresso do filho na escola, o que implica, dentre outras novas despesas, ter de ir busca-lo e deixa-lo diariamente, sendo obrigada a fazer um trajeto maior de automóvel.

Para o tecnólogo de alimentos, que atualmente trabalha como gerente de qualidade e consultor técnico, Dafne Didier, a diferença de poucos centavos repercute no bolso de quem usa o automóvel diariamente. “As pessoas pensam que 0,20 ou R$ 0,30 a mais no preço unitário não faz diferença, mas estão enganados. Eu uso o carro para trabalhar, todos os dias. tenho longas distancias para me deslocar”, explicou.

As medidas que ele adotou sevem também como dica para quem está repensando as despesas domésticas. “Estou tendo que controlar minhas saídas pessoais com diversão. Tenho procurado fazer minhas compras do mês (alimentação) no atacado, saindo de supermercados que tem o valor unitário maior”, explicou.