Quinta-Feira, 13 de Novembro de 2025

Artigo: Nietzsche e a filosofia do sofrimento e da superação

Publicado em 04/10/2014
Por Edson Costa
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No Olimpo da Filosofia, reside o celebrado e festejado filósofo teutônico Friedrich Nietzsche, que, na sua peregrinação terrena, sofreu toda sorte de infortúnios, que se refletiram na sua majestosa e inspiradora obra. Não obstante o fato de seus escritos não terem sido acolhidos com entusiasmo pela comunidade acadêmica de seu tempo, hoje suas obras são lidas e discutidas com o devido respeito que merecem.

O filósofo do ANTICRISTO, entre tantos ensinamentos, asseverava que “O que não nos mata, fortalece”, ensinando-nos a suportar, com paciência, as agruras de dias tempestuosos. É, com essa asserção, que expressamos, em humildes palavras, o quanto, às vezes, somos acossados por mãos tão sensíveis quanto às do fraterno Caim e deixamo-nos abater, por conta disso, com desejos de mortificação do corpo e do espírito.

É nessa hora que a máxima supramencionada de Nietzsche revive nos que se baseiam em tal pensador para não ser ferido em demasia com o malho de seus algozes, antes, a partir desses covardes ataques, soa de bom alvitre que sejam extraídos ensinamentos para aprimorar nossas ações no enfrentamento a tais milhafres que sobrevoam nossas vulneráveis existências.

Certo é que todos nós, algumas vezes, nos sentimos indefesos, derrotados e tristes, em razão de perseguições perpetradas por uma minoria de calhordas (chefes, diretores, gerentes, professores, policiais, religiosos, familiares, etc.) que usam de meios rasteiros e ferozes para infligirem em nós toda sorte de males por sermos vistos como seus opositores.

O homem prudente e sábio, em face de um itinerário de passos de calvário e dor, deve buscar amadurecer o espírito, na medida do possível, em vez de dar azo a meios primitivos de desforra; fortalecendo-se e aprendendo a lidar com esses cães raivosos que insistem em babar e morder, num frenesi irrefreável de causar o mal, apenas como forma de satisfazer o ego inflado.

Calha lembrar que Nietzsche adorava regiões de montanhas, inclusive a topografia desses lugares, sobretudo de Sils-Maria, serviu de inspiração para suas reflexões, visto que comparava a escalada de locais altos como a própria superação humana, onde se exige ao alpinista força, determinação e, muitas vezes, até lágrimas, a fim de chegar ao cume da cordilheira.

Portanto, na escalada da vida, como é cediço, quanto mais nos aproximamos do topo, os ares ficam cada vez mais rarefeitos, dificultando sobremaneira os últimos passos da subida. O bom, ao final, é que, após termos atingido o ápice de nossa jornada, veremos que, do alto, só experimentamos sentimentos de calma e de deslumbramento com a vista, pois, nos céus, há apenas beleza e paz, por ser a residência dos deuses, enquanto os demônios e as almas atormentadas continuarão imersos no lodaçal de suas misérias, perseguindo e ferindo seus semelhantes da planície.

ANTONIO MADSON VIEIRA DE OLIVEIRA – SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL, LOTADO EM PICOS-PI

 

Comentários
Domingos M da Silva
06/01/2015 08:17:04
Bom dia a todos do Piauí. Sou um baiano apaixonado pelas coisas desse Estado. Sempre estou acompanhando as notícias de vocês. Maravilhoso, depois de séculos, ver o crescimento, pelo menos, do sul do Piauí. Picos ninguém mais conseguirá parar. Com prazer, retornarei aí para visitar algumas cidades. A propósito, Antônio Madson não é também servidor da literatura? Da gramática? Da filosofia? Só gostaria de acrescentar que as ideias de Friedrich Nietzsche não são contrárias ao "Cristianismo dos Essênios". Espero estar em Picos na inauguração do Shopping. Um abraço a todos e, cada vez mais, FELIZ PIAUÍ.