Quinta-Feira, 13 de Novembro de 2025

ARTIGO: O que esperar de 2015?

Publicado em 23/09/2014
Por Marta Soares
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Quando chega o final do ano sempre somos pegas e pegos com uma série de indagações, reflexões e tentativas de novos atos. Essas ações são fruto do sentimento quase coletivo promovido pela virada do ano. É como se em um passe de mágica, nos 5% de dias que marcam o período de festividades de Natal e Reveillon quiséssemos suplantar tudo o que não fizemos nos outros 95% restantes do período do ano.

Fazemos promessas, traçamos novas metas, nos comprometemos com novas ações e, quase sempre, tentamos melhorar. Essa tentativa de modificação de vida é um dos ciclos mais interessantes de nós, humanos. Termina movendo uma corrente de esperanças e até de frustrações, já que anualmente terminamos por comprovar de que muito o que prometemos e desejamos no ano anterior: terminamos por não fazer.

É óbvio que tudo não conseguiremos. Particularmente todos os anos sonho com um mundo mais igual, sem corrupção e com mais amor. Em muitos casos tudo só piora, outras complicam e vemos que muitos dos nossos pares entram em espirais quase sem voltas. Um dos piores é o mundo das drogas. Mas não perco a esperança. Coletivamente, mais ainda, não podemos perder. Tentamos renovar diariamente os votos, que já ocorrem por anos, para essas mudanças.

De momento uma das maiores perguntas que nos persegue é: o que esperar de 2015? O que vamos mudar no ano vindouro?

Em um Brasil de incertezas, de volatilidade econômica, de tantas discussões sobre a corrupção, sobre governos e políticos novos (ou não tão novos), acerca das crises da segurança, saúde, educação, o mais certo é pensar positivo, é agir, é promover a cidadania e a irmandade é recuperar sentimentos quase primitivos como um abraço, dar um “bom dia”, uma “boa tarde”, uma “boa noite”, é repetir mais a importantíssima palavra “eu te amo”, é conversar mais com os filhos, com os pais, com os parentes, com os amigos, com os vizinhos, conhecidas e conhecidos. É debater mais a sociedade.

Há uma crise quase generalizada do consumismo. Compramos o que muitas vezes não queremos. Somos, em alguns momentos, influenciados para ter o que não podemos e o que não desejamos.

Ocorre uma crise de valores sociais. Hoje podemos ter mais e mais, possuir mais bens de consumo e ter acesso ao que muitas dos nossos parentes mais antigos não tiveram. É uma justificativa para dar, inclusive, aos nossos parentes mais novos, benesses que não tivemos em nossas infâncias e adolescências. É errado continuar fazendo isso? Claro que não! Mas será que os bens vêm acompanhados de amor ou são maneiras de sanar carências apenas com mais valores materiais?

Na Sociedade do Ter, precisamos voltar mais e mais para a Sociedade do Ser, prestar mais atenção no próximo, darmos mais valor às coisas e fatos diminutos, prestar mais atenção na beleza da vida e esquecermos mais as correrias e o metal sonante.

Um 2015 repleto de energias positivas, de saúde, de paz, de conquistas, de muito amor, de muita compreensão, de mais coletividade e que possamos, mais e mais, cada um com suas particularidades, mas com o sentimento coletivo de bem comum, construirmos uma sociedade melhor, mais justa e mais irmanada.

Jornalista, nascido e criado no Sertão do Piauí, andando e conhecendo um série de faces e interfaces na região de Picos. Professor efetivo (Adjunto I – DE), pesquisador e extensionista do curso de Comunicação Social – habilitação em Jornalismo da UESPI – Universidade Estadual do Piauí. Estuda atualmente fenômenos comunicacionais ligados ao Sertão nordestino. Ex-professor e pesquisador dos cursos de Jornalismo da UESPI de Picos e da Faculdade R.Sá. É doutor em Comunicação Social pela UMESP – Universidade Metodista de São Paulo – por onde também é mestre na mesma área. Fez estágio doutoral na Universidad de Málaga, na Espanha.

 

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