Policiais Civis de Picos aderem a paralisação estadual

Os escrivães, agentes, peritos e agentes administrativos da Polícia Civil de Picos aderiram à paralisação estadual dos servidores públicos que teve início nesta segunda-feira, 24, e se estende até a quarta-feira, 26. A assembleia da categoria que optou por essa medida extrema aconteceu na última quinta-feira, 20. Os delegados ainda continuam de serviço, mas estes também devem cruzar os braços a partir da quarta-feira.

Como determina a justiça apenas 30% do efetivo continua de serviço, mas segundo o escrivão Abelardo Oliveira, não está havendo o registro de ocorrências nem a realização de diligências, apenas dos crimes considerados hediondos e contra crianças, mulheres e idosos. A Delegacia Regional de Picos, cuja jurisdição se estende por 17 municípios, conta com 41 policiais distribuídos nas diversas funções.

A paralisação desta segunda-feira foi motivada pelo não cumprimento do acordo de reajuste salarial firmado ainda na gestão do ex-governador Wilson Martins (PSB). Além dos policiais civis, pelo menos outras 14 categorias resolveram cruzar os braços nesta segunda-feira. A mobilização conta com a participação, por exemplo, de agentes penitenciários e servidores da Educação e da Saúde.

O Governo do Estado alega que não poderá efetuar os pagamentos por conta da recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que determinou corte de gastos para que a administração pública retome o controle com pessoal, diminuindo o percentual limite previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal.