Evasão escolar estaria sofrendo redução na rede municipal de ensino

Para a coordenadora de Ensino da Secretária de Educação de Picos, professora Expedita Bezerra, a rede municipal vive um momento particular em sua história, a redução da evasão escolar por parte dos alunos, ou seja, quando o estudante inicia o período letivo e abandona a sala de aula no decorrer do ano. Ainda não foi realizado o censo escolar, mas ela afirma ser possível perceber que a evasão tem sido menor comparada aos anos anteriores.

Ela explica que as realidades são distintas quanto ao Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA). A evasão escolar nos primeiros anos tem sido reduzida, a preocupação gira em torno da EJA, cuja desistência ainda pode ser verificada facilmente, devido as pessoas que cursam essas séries se sentirem desmotivadas e cansadas, pois como são adultos, geralmente trabalham durante o dia.

“Na EJA, a matrícula é significativa, mas o difícil é essas pessoas permanecerem. Elas continuarem. No município nós temos 72 escolas, 32 escolas urbanas e 42 rurais”, informou. Apesar de menos numerosas as escolas da zona urbana contam com mais alunos. O exemplo, contudo, tem partido da zona rural, onde os alunos da EJA têm permanecido mais tempo.

Atualmente a rede municipal de ensino de Picos possui 9972 alunos matriculados no ano letivo de 2014, um número elevadíssimo se considerarmos que a população picoense possui em torno de 71 mil habitantes, segundo o último censo do IBGE. O número de desistentes só será conhecido ao final do ano, pois o censo deve ser realizado obrigatoriamente nesse período.

“Tudo o que vem para as escolas, vem em função do censo, independente de ser da Educação Infantil, ou EJA, mas infelizmente o que vier esse ano será em decorrência de 2013”, explicou.

A coordenadora enfatiza ainda que atualmente existem uma série de programas que tem ajudado na permanência dos alunos na escola, como o  Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), o Mais Educação, além do bolsa família, cujos pais recebem o benefício apenas se as crianças estiverem frequentando regularmente a escola, sem faltas.

Conta também para a permanência dos alunos na escola a atenção e dedicação dos professores e coordenadores, além da participação familiar. “Hoje a família tem muito essa consciência de que a criança precisa estar matriculada”, comentou.