A situação das barragens piauienses tem trazido grande preocupação não apenas para a população, mas para a Defesa Civil do Piauí e para o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS). O reduzido volume de água verificado na Barragem de Bocaina é fruto de períodos chuvosos irregulares.
O coordenador regional do DNOCS, José Carvalho, lamenta que após atingir o ápice de sua capacidade em 2004, o volume de água tenha diminuído consideravelmente. A Barragem de Bocaina está atualmente com 26 milhões de m³ de água, destacando que sua capacidade é de 106 milhões de m³.
José Carvalho explica que a barragem pode resistir até metade do ano de 2013, daí a expectativa para que chova e o fluxo de água volte a um nível considerado normal. As comportas da barragem foram abertas para garantir a perenizarão dos rios, frisando que o fluxo do rio Guaribas caiu desde que a barragem foi construída pelo Exercito brasileiro na década de 1980.
Depois de mais de 30 anos desde sua construção, o coordenador do DNOCS explicou que já está sendo licitada uma obra para que a barragem possa fornecer água para os municípios de Picos e região. Até hoje, fora alguns poucos trabalhos de piscicultura, a barragem de Bocaina tem sido subutilizada.
José Carvalho explica que se essa água for destinada para as cidades, muitos poços artesianos poderão ser tapados, haverá assim uma revitalização do lençol freático.
Concluída em 1985, após uma obra traumática para a população bocainense, a barragem não tem a utilização para o qual é devida, aproveitada apenas pelas pessoas que possuem veículos aquáticos, servindo ainda como grande ceifadora de vidas, de incontáveis pessoas que tem se afogado em todo esse tempo. A utilização de sua água para o consumo humano trata-se de um projeto que até o momento não saiu do papel.