A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), emitiu um alerta aos consumidores sobre golpes relacionados à crise de intoxicação por metanol presente em bebidas alcoólicas adulteradas.
Supostos reagentes capazes de detectar metanol em bebidas. Esses conteúdos direcionam os usuários para páginas fraudulentas com o objetivo de aplicar golpes financeiros e coletar dados pessoais, como o número do CPF.
O órgão esclarece que, até o momento, não existe nenhum teste aprovado e disponível para venda ao público geral capaz de identificar a presença de metanol em bebidas alcoólicas. A Senacon, por meio do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), está em contato com universidades públicas para conhecer e avaliar tecnologias em desenvolvimento que possam contribuir para a detecção segura do composto.
De acordo com o diretor do DPDC, Osny da Silva Filho, as tratativas com a comunidade científica apontam caminhos promissores. “Identificamos modelos de testagem com potencial para contribuir com a detecção de metanol e estamos avaliando a viabilidade técnica e regulatória para que essas soluções possam ser utilizadas com segurança. A Senacon segue acompanhando o tema com prioridade e responsabilidade”, afirmou.
A secretaria orienta que os consumidores redobrem a atenção ao se depararem com anúncios de testes de detecção de metanol, verificando sempre a procedência dos produtos e a confiabilidade dos sites antes de realizar qualquer tipo de compra.
Falsas informações sobre contaminação
A Senacon também desmentiu boatos que circulam na internet sobre suposta contaminação por metanol em produtos como café, água e refrigerantes. Segundo o órgão, não há qualquer registro oficial que comprove essas alegações.
A recomendação é que a população busque informações em fontes confiáveis e evite compartilhar conteúdos de origem duvidosa. Em caso de suspeita de golpe ou informações falsas, é possível registrar denúncia por meio do portal consumidor.gov.br ou junto ao Procon de sua localidade.
Fonte: Portal O Dia