Durante a quinta-feira, 13, a professora de ciências biológicas, Caline Batista Pereira, divulgou uma nota de repúdio contra o vice-prefeito e secretário municipal de Educação, Pe. Walmir Lima (PT), que a demitiu, segundo relatou a professora, sem explicação. Ela alega ter sido demitida verbalmente e através de terceiros, após começar o ano desempenhando suas funções normalmente.
Caline Batista trabalhou como contratada da Secretaria de Educação por dez anos. Durante esse período ela ocupou a Coordenação de Educação Especial, Coordenação Pedagógica e por último do “Mais Educação”. No início da atual gestão a professora foi remanejada para Escola Municipal Timóteo Borges de Aguiar, cuja localização seria difícil para alguém que, como ela, possui necessidades especiais.
A professora disse em entrevista, e também consta na “nota de repúdio”, que procurou o Pe. Walmir para que ele a remanejasse para uma escola mais acessível.
“Ele foi categórico, alegou que eu não tinha direitos pelo fato de ser contratada, participante do quadro de professores, como contratada, e ele alegou que não tinha autonomia de fazer o remanejo porque as vagas pertenciam aos vereadores”, protestou.
Para Caline sua demissão foi injusta, pois estaria contrariando o que diz a lei, de que há um percentual de 10% a serem ocupados por pessoas com deficiência física. Ela alega que nos 10 anos era a única pessoa da Secretaria de Educação com essa característica, portadora de uma deficiência denominada de “hidrocefalia”.
O outro lado
Em entrevista coletiva concedida pelo Pe. Walmir na tarde desta sexta-feira, 14, na sede da Secretaria de Educação, ele alegou que ao assumir seu cargo percebeu que a Coordenação de Educação Especial não estava funcionando satisfatoriamente. “Revendo os arquivos nós encontramos que havia sido aprovado para o município várias salas multifuncionais para serem abertas, e apenas duas estavam abertas”, declarou.
O secretário alegou ainda que convidou Caline para ocupar uma coordenação pedagógica na Escola Municipal Duque de Caxias, no bairro Aerolândia. Em seguida a professora teria sido lotada na Escola Municipal Timóteo Borges de Aguiar, no bairro Boa Vista, tendo passado alguns meses nessa função.
Segundo o Pe. Walmir Lima a direção da escola o procurou alegando que o serviço prestado por Caline não estava dentro do esperado. Por último a professora foi designada para a Escola Municipal Benvinda Nunes, voltada para o ensino infantil.
O secretário declarou ainda que a Caline não foi demitida, ela apenas não teve seu contrato renovado, como teria acontecido com outros coordenadores ao final de 2013.