Quinta-Feira, 24 de Abril de 2025

Vigilância Epidemiológica alerta sobre a possibilidade de surto de dengue em Picos nas próximas semanas

Publicado em 22/02/2024
Por Danilo Eliéser
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coordenador de Vigilância Epidemiológica de Picos, Robsoncley Viana/Foto: Folha Atual

Em entrevista realizada nesta quarta-feira, 21 de fevereiro, o coordenador de Vigilância Epidemiológica de Picos, Robsoncley Viana, afirmou que, embora a cidade esteja atualmente livre de surtos de arboviroses, como dengue, chikungunya e zika, existe um alerta constante. Viana ressaltou a probabilidade de surgirem surtos em bairros habituais, especialmente aqueles com lagoas e grandes áreas comerciais que carecem de rotinas de observação para focos de dengue.

Até o momento, Picos registra três casos suspeitos de dengue. As amostras de sangue foram coletadas e encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí (LACEM), referência nacional para investigação de doenças, vinculado ao Ministério da Saúde. Com sintomas semelhantes aos da COVID-19, a coleta é essencial para discernir entre as doenças. A decisão de enviar amostras ao LACEM segue critérios do Ministério da Saúde, visando identificar os subtipos do vírus circulante, essenciais para estratégias de controle.

“A definição de envio de amostra é feita pelo Ministério da Saúde. Ele solicita que cada município envie as primeiras amostras de sangue para o LACEM, para que a gente possa observar que tipo de vírus está circulando na cidade. Atualmente, existem quatro subtipos de dengue, e em alguns estados já apareceu o subtipo 3. Portanto, é preciso que nesse primeiro momento a gente colete a amostra e envie para Teresina, para sabermos qual tipo de vírus está circulando no município”, disse Robsoncley.

Viana destacou a necessidade de a população procurar imediatamente unidades de saúde ao apresentar sintomas como febre, dor no corpo, dor de cabeça, dor estomacal e atrás dos olhos. Para casos graves, como sangramentos, vômitos persistentes ou dores abdominais intensas, a orientação é buscar a rede hospitalar, especialmente o Hospital Regional Justino Luz, em Picos. Viana enfatizou os riscos da automedicação e recomendou a busca por orientação médica, ressaltando que tylenol e dipirona são os únicos medicamentos indicados para febre e dor.

“A gente precisa que a população nos ajude. Não basta colocar os ACS e agentes de endemias nas ruas, é necessário que a população nos ajude no sentido de fazer uma vistoria nas suas residências, pois o foco na maioria dos casos está dentro das residências. É preciso que a população tire pelo menos 15 minutos por semana para verificar se tem algum recipiente em residência com possibilidade de proliferação de arboviroses”, acrescentou o coordenador.

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