Em meio a uma suposta crise dos estúdios Marvel, o novo filme da bem-sucedida franquia de super-heróis, "As Marvels", confirma o alardeado desgaste do Universo Cinematográfico Marvel: no fim de semana de estreia, o longa dirigido por Nia DaCosta arrecadou U$S 47 milhões nos cinemas dos Estados Unidos e Canadá, bem abaixo das previsões iniciais de U$S 75 a 80 milhões. A 33ª produção da franquia teve a pior bilheteria da história do estúdio: o "recorde" antes era de "O incrível Hulk", de 2008, com U$S 55,4 milhões, seguido pelo mais recente "Homem-Formiga", de 2015, com U$S 57,2 milhões.
Nem mesmo a aparição de última hora da estrela do filme, Brie Larson, no programa The Tonight Show na sexta-feira (10) e em um cinema em Nova York após o fim da greve dos atores conseguiu alavancar a bilheteria no fim de semana de estreia do filme, que também teve venda abaixo do esperado nos cinemas do exterior , arrecadando U$S 110 milhões, contra os U$S 140 milhões estimados pela Disney.
Co-estrelado por Larson, Teyonah Parris e Iman Vellani, o longa é a sequência do blockbuster "Capitã Marvel", de 2019, que estreou com uma bilheteria de U$S 153 milhões. O antecessor, no entanto, já saiu com a grande vantagem de ter sido lançado entre os dois maiores sucessos da franquia, "Vingadores: Guerra infinita" (2018) e "Vingadores: Ultimato" (2019).
Depois de faturar US$ 30 bilhões com os 32 filmes anteriores, a Disney e os estúdios Marvel vêm enfrentando problemas para se reconectar com o público na era pós-“Ultimato”. Embora os dois lançamentos deste ano para as telonas terem alcançado os três dígitos na estreia — "Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania" (U$S 106 milhões), em fevereiro, e "Guardiões da Galáxia Vol.3" (U$S 118 milhões), em maio —, nenhum de seus últimos cinco filmes alcançou a marca de US$ 1 bilhão nas bilheterias.
Fonte: O Globo