Sábado, 05 de Outubro de 2024

Sindicalistas se preocupam com privatizações

Publicado em 13/12/2012
Por Jailson Dias
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Sede da Eletrobrás em Picos. Funcionários temem demissões. /Jailson Dias

No último dia 03 de dezembro funcionários da Agespisa (Águas e Esgotos do Piauí S.A) realizaram uma manifestação na Assembleia Legislativa do Piauí expressando sua contrariedade contra a possibilidade de privatização da empresa. Em Picos, a possível privatização da sociedade de economia mista, responsável pelos serviços de fornecimento de água para a população, também preocupa. O militante e sindicalista, Francisco Casimiro, explica que até o momento os funcionários têm acompanhado as movimentações que ocorrem na capital do Piauí.

“O que eu sei até o momento presente é que a intenção do governo como um todo, tanto a União como o Governo do Estado, é repassar uma fatia maior dos serviços dessas empresas, desses dois setores para a iniciativa privada, já vem ocorrendo a terceirização dentro dessas empresas, inclusive com o serviço fim”, explicou.

Para o militante a possível privatização, ou sublocação - expressão usada pelo presidente da Agespisa – representaria o fim das empresas. “Tememos que retire dessas empresas funcionários, pois investiram muito nesses funcionários para que eles prestassem um serviço de qualidade, e agora de um momento para outro essas pessoas são encostadas como se fosse um móvel, um traste jogado para o lado, e colocam alguém para tomar conta desse serviço”, protestou.

Francisco Casimiro critica alguns argumentos do governo de que a privatização representaria um aumento no fluxo de recursos da empresa o que poderia melhorar os serviços prestados a população. “O governo está dizendo que a tarifa vai abaixar quando ela vai é aumentar, vai haver serviços de má qualidade, prejuízo nas empresas e depois os preços sobem, e os serviços de água, de saneamento e de energia não pode ser privatizados”, comentou.

O sindicalista entende que a população ainda não está devidamente informada sobre essa possibilidade de privatizações da Agespisa e Eletrobrás, tornando necessária a realização de encontros, reuniões e audiências públicas para que as pessoas entendam como o processo está ocorrendo e possam participar.

Durante audiência na Assembleia Legislativa o presidente da Agespisa, Raimundo Neto, declarou que a empresa não será privatizada, mas poderá ser subdelegada, ou seja, a Agespisa continuaria com o poder de decisão. Ele entende ser esta uma solução para beneficiar as pessoas que vivem nas regiões mais pobres do Piauí.

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