A direção do Grupo Cultural Adimó está articulando a mudança e preparação do novo espaço físico que abrigará a entidade. Duas salas do Piauí Shopping Center, em Picos, foram cedidas ao Grupo para que o mesmo possa desenvolver suas atividades que estão previstas para serem retomadas no final de fevereiro e/ou início de março.
O diretor do Grupo Cultural Adimó, Mano Chagas, explicou que as salas receberão novo piso e estruturação com gesso para que a mudança do material possa ser iniciada.
“Após desocuparmos o prédio público da Prefeitura começamos a procurar um local para guardarmos nossas coisas e nos foi cedido um espaço na Igreja Betesda. Com apoio do empresário Araujinho conseguimos duas salas no Piauí Shopping e estamos correndo atrás de organizar tudo, colocar o piso, gesso. Na conclusão deste processo vamos realizar um novo cadastro dos assistidos. Final de fevereiro para o início de março retomamos nossas atividades”, explicou Mano Chagas.
Mano Chagas
Mesmo diante da pandemia, o Grupo Cultural Adimó não parou suas atividades, foi necessário se reinventar. As oficinas e encontros presenciais foram substituídos pelas aulas online.
“Emergencialmente assim que a pandemia se alastrou fomos umas das primeiras entidades a entender a dimensão da doença e paramos. O nosso foco para esse ano é retomar os encontros de forma segura e a construção de sua sede. Já temos o terreno, a Prefeitura nos informou que vai nos ajudar com a mudança e nivelamento do terreno”, ressaltou.
Em se tratando das dificuldades, Mano Chagas disse que estão são de natureza financeira, pois o Grupo tem representatividade cultural e educacional a nível internacional.
“Nós estamos vivendo num país que a distribuição de renda é desigual. A nossa principal dificuldade é a financeira, mas temos grande voluntários que nos ajudam sempre. Mesmo com seus problemas, temos uma representatividade internacional, ganhamos diversos prêmios no Nordeste, somos uma referência educacional, cultural”, concluiu.
O Grupo Cultural Adimó já funciona como movimento ativista da cultura negra e suas minorias há 12 anos na cidade de Picos. Ao todos, mais de 250 usuários entre crianças, adolescentes e jovens são assistidos diretamente pela entidade.