A ONG Amigos Protetores dos Animais de Picos (APAPI) denuncia uma prática que lamentavelmente não se altera na cidade, o abandono de animais no Cemitério São Pedro de Alcântara, ao passo em que pede ajuda à população para encontrar os infratores. O caso mais recente foi constato pela vice-presidente da instituição, enfermeira Elayne Araújo.
Ela encontrou uma caixa com cinco filhotes de cachorro do cemitério e está utilizando as redes sociais para tentar encontrar um lar para os animais e também para denunciar o crime. Os filhotes (três fêmeas e dois machos) foram colocados em cima de um túmulo, sob o sol. A militante da APAPI gravou um vídeo em que mostrava a triste situação dos animais, que estavam ofegando, mostrando sede.
Elayne Araújo informou que além do cemitério, os animais também estão sendo abandonados nas casas das pessoas que militam em favor da causa Picos. “Deixam na porta da minha casa e de várias outras pessoas que cuidam e protegem os animais”, declarou.
A vice-presidente da APAPI já possui uma suspeita sobre quem teria abandonado os cinco filhotes de cachorro. “Estamos investigando quem fez isso”, explicou.
Elayne lamenta que ainda não exista uma Delegacia do Meio Ambiente em Picos, o que ajudaria a coibir o abandono de animais, dentre outras práticas criminosas. Em muitos casos, ela relata que as pessoas maltratam os animais tendo a certeza da impunidade.
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Gatos estão entre os animais mais abandonados. Foto: APAPI
Além da impunidade, o alto número de animais não apenas no cemitério, mas nas ruas da cidade se deve ao fato da Lei da Castração não ter saído do papel. Essa lei foi aprovada pela Câmara Municipal de Picos e sancionada pelo poder executivo, contudo, jamais foi posta em prática.
Crime
A Lei 9.605/98 estabelece a detenção de três meses a um ano de prisão, além de multa, para quem maltratar ou abandonar animais. Denominada de Lei de Crimes Ambientais, ela também protege os animais domésticos, especificando a pena no Art. 32.